Capítulo 7 (Parte 1)

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 Por Bella Cullen

** Sem revisão! Por favor, se encontrarem palavras escritas incorretamente, me avisem nos comentários para que eu possa arrumá-las. ;) Deixem estrelas e comentários!

 Olho impassível para as rosas em meu colo, e depois para as flores que ganhei do Lince. Por um momento eu me sinto culpada. As flores são lindas, mas agora não tenho certeza se deveria ter aceitado. Não quero dar falsas ilusões a quem quer que seja a pessoa que me mandou as rosas, e muito menos alimentar qu...alquer possível sentimento que não seja a amizade, vindo de Lincent Ford. Nem mesmo posso confiar nele... Lince disse que me conhece e que tem um assunto do meu interesse para tratarmos, mas eu nem sequer me lembro dele, e como Edward mesmo me disse, ele poderia muito bem estar mentindo. Eu sou muito ingênua e costumo acreditar facilmente nas pessoas. Lince é um homem agradável, advogado, o que aparentemente o torna um homem sério e de boa índole, mas não posso confiar nele. Uma das coisas que aprendi com a vida é que nunca devemos confiar plenamente em alguém que não conhecemos.
Além disso, Edward e eu já discutimos feio uma vez por causa de um maldito cartão que o Lince me entregou, para que eu soubesse onde encontrá-lo. Foi a nossa primeira grande briga, e o que eu menos quero é que isso se repita. Pelo mesmo motivo.. Eu até sou capaz de entender que Edward sinta ciúmes do Lince, embora não haja motivos para isso, já que eu o amo, só a ele. Ele sabe bem disso. Eu jamais o deixaria pelo Lince, ou pelo suposto "admirador secreto" ou qualquer outro homem no mundo. Por outro lado, eu sei que ele me ama e ainda assim eu sinto ciúmes da Tânia, por isso eu não posso julgá-lo. Eu o entendo. O ciúme comedido é bom em qualquer relacionamento, mas quando ele é demasiado e causa brigas e desconfianças, ele pode desgastar qualquer relacionamento. Isso é tudo que eu menos quero.
Parte de mim está me repreendendo e dizendo que eu não deveria ter aceitado as flores, mas outra parte me dizia que eu não tinha culpa nenhuma de ter saído na capa do Seattle Times, para todos verem. E eu realmente não tenho culpa! Não tenho ideia do por que de Lincent Ford me mandou flores. Talvez tenha sido por pura formalidade, ou talvez ele esteja tentando me impressionar, mas se for isso, eu jamais corresponderei. Eu nem pretendo vê-lo novamente, e espero que ele não me procure. Se eu tinha alguma curiosidade sobre o que ele pretendia me dizer, agora não tenho mais e, sinceramente, eu preferia não ter recebido suas flores.
Quanto ao "buquê misterioso", eu estou isenta de qualquer tipo de culpa, até porque há dois minutos eu achava que elas tinham sido enviadas por Edward. Eu sinceramente gostava mais delas quando eu pensava assim. Olhando para as rosas pálidas em meu colo, percebo que elas já não são tão belas como idealizei. Talvez pareça loucura, mas, ao olhar atentamente para as rosas misteriosas, comparando-as com as rosas que me foram dadas por Edward, eu podia quase jurar que havia algo estranho, triste e sombrio nelas, mas eu não sei bem como explicar... E então eu concluo que, mesmo amando rosas brancas, o que as torna especiais para mim não é a falta de pigmentação, ou a delicadeza, mas sim a pessoa que as deu. E as rosas da pessoa que eu mais amo, estão nos meus braços agora. As únicas flores que eu realmente quero receber são as de Edward.
Será que eu poderia explicar isso para o meu marido ciumento? E, por favor, que ele entenda! Eu não quero começar uma discussão agora que tudo está tão perfeito... Imploro mentalmente, desviando os olhos das flores pela primeira vez, e olhado para meu marido e minha cunhada. Sei que minha expressão assustada e aflita me denuncia, e Alice parece entender, pois ela parece um pouco tensa. Edward, no entanto, já não está mais olhando para as flores. Seus lindos olhos estão voltados para o meu rosto, e ele não parece estar bravo. Graças aos céus! Mas sou muito covarde para falar alguma coisa, até por que tenho certeza de que sua expressão irá mudar completamente assim que ele souber quem mandou as flores, e que além delas, ainda há uma dedicatória, que, definitivamente, vai deixá-lo com raiva.
O tempo passa, e ninguém fala nada. Por favor, Edward, diga alguma coisa! Imploro mentalmente, mas ele nada diz. Continua quieto, quieto demais.
-Você quer que eu coloque essas flores em um vaso também, Bella? -É Alice a primeira a romper o silêncio insuportável. "Obrigada, Alice!", minha mente sibila.
-Por favor. –Digo, entregando os dois buquês, me demorando um pouco mais com o buquê de Edward, e inalando o delicioso perfume que emanava dele, antes de entregá-lo a Alice. –Obrigada, Alice. –Sorrio para ela, e sinto-me mordo meus lábios nervosamente ao olhar para Edward. –Uhm... Obrigada pelas flores, Amor. São lindas, - Agradeço carinhosa, e a sombra de um sorriso cruza seu rosto.
-Suas preferidas. –Ele lembra. –Não precisa agradecer. É um prazer agradá-la, meu Amor. –Ele fala docemente, segurando a minha mão e sorrindo o meu sorriso torto. O sorriso que tanto amo.
Meus lábios se entreabrem em surpresa com a sua reação. Ele não está bravo comigo?
Não consigo disfarças meu choque e pisco, repetidas vezes analisando seu rosto e tentando encontrar raiva, ou alguma vaga pista de que ele está chateado, mas não encontro nada. Ele é apenas o Edward de sempre, calmo, carinhoso e apaixonado. O meu Edward.
-Alice, vá para casa. Você precisa descansar também. –Ele diz calmamente, olhando para Alice, que parece tão surpresa quanto eu. Ela está terminando de arrumar as flores que Edward me deu em um terceiro vaso.
-Uhm... Eu posso ficar mais um pouco. –Ela olha pra mim, e eu entendo o porquê da sua resposta. Ela está preocupada com uma possível discussão entre Edward e eu.
-Pode ir Alice. –Eu digo a tranquilizando. –Está tudo bem. –Afirmo olhando deliberadamente para Edward, e ela parece ficar mais calma, pois sorri carinhosa para mim.
-Ok. Eu vou, mas amanhã de manhã eu venho novamente ver como você e as minhas sobrinhas estão. –Ela me abraça e eu abraço de volta, sorrindo.
-Obrigada, Alice. –Digo realmente agradecida, e a libero do abraço. Ela me dá uma última olhada, como se perguntasse "Eu posso ir mesmo?" e aceno para ela, assentindo. Só então ela se afasta para se despedir de Edward, e tanto ela quanto eu somos tomadas pela surpresa quando ele envolve os seus braços ao redor dela, a abraçando.
A cena é linda, e rara. Os dois vivem "brigando", como cão e gato, mas o amor que eles sentem um pelo outro é imenso, e quando eles o demonstram, é lindo de se ver. Sorrio emocionada.
-Tchau, Pequena. –Edward diz, e se inclina para beijar os cabelos espetados de Alice. O "Pequena" me pega de surpresa. É a primeira vez que o vejo chamá-la assim, e, mesmo o apelido sendo sugestivo, ele não é dito para irritar a Alice. É um apelido doce, carinhoso, e pelo sorriso emocionado de Alice, percebo que esse apelido tem uma história e um valor sentimental para ela.
-Tchau, Edward. –Vejo-a discretamente enxugar a umidade que se acumulava em seus olhos e em seguida, ela sai do quarto nos deixando sozinhos. Uau! Alice emocionada pela segunda vez no mesmo dia!
Um pensamento passa pela minha cabeça, mas eu acho pouco provável... Ela nunca mencionou que queria ser mãe. Pelo contrário! Certa vez ela me disse que iria pensar duas vezes antes de ficar grávida. Além domais, ela e Jasper moram juntos há poucos meses... Ela não pode estar grávida ainda, pode? "Sim, ela pode!" meu subconsciente responde. Isso explicaria esse estado emocional de Alice Cullen. Analiso o pensamento, mas o meu lado racional desperta e o descarta. Lembro-me que certa vez ela me disse que toma anticoncepcionais desde que tinha treze anos, por causa das fortes cólicas menstruais que ela tinha. Antes que eu possa controlar, a decepção transparece no meu rosto, ao descartar a possibilidade da gravidez. Seria maravilhoso se Alice estivesse grávida, mas essa hipótese já foi descartada. Meu lado racional logo aponta para o lado inverso da moeda: Talvez ela esteja próxima aos "Dias Vermelhos". Algumas mulheres ficam mais sensíveis nesse período, reflito, e só então me dou conta de que fiquei tão absorta em meus pensamentos que esqueci que Edward está aqui, me observando com seus lindos olhos verde-penetrantes.
Será que ele está chateado comigo? Pergunto-me, mas não tenho resposta. Ele está pensativo, e há um pequeno v entre suas sobrancelhas grossas. Analisando bem o seu rosto, em busca de qualquer sinal de irritação, eu encontro um sentimento inesperado: Preocupação. Edward está preocupado, e imediatamente, todo meu corpo fica em alerta e a preocupação surge em mim também. Qualquer coisa que esteja o preocupando me assusta.

Conhecendo a Dor (Completo até 30/05/2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora