Capítulo 30

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~ Por Bella Cullen ~

Sem revisão

[...]

—Será que vocês dois podem parar de fazer sem-vergonhices no banco de trás do MEU carro! —Lince reclama pela quarta vez, mas sei que está se divertindo com a situação e principalmente pelo meu rubor.

—Vá à merda, Lince! — Liam diz, e volta a beijar Brianna.

Céus! Esses dois parecem estar ligados por um fio invisível que os impede de se separar!

Mas dessa vez, é Brianna quem põe fim ao beijo. Depois se afasta um pouco, e tira a mão de Liam da sua coxa.

Eu coro ainda mais. Esses dois são piores que o Emm e a Rose!

—Comporte-se Liam. Estamos trabalhando agora. —Ela diz, e vejo pelo espelho que Liam faz uma cara de cachorro sem dono.

—Mas, Ruiva...

—Mas nada. —Brianna o corta, enquanto retoca a maquiagem.

Lince sorri, e inevitavelmente eu também. A cara do Liam é impagável.

O resto do caminho se resumiu em um Liam emburrado, em Lince fazendo comentários para irritá-lo e em Brianna e eu rindo com os dois.

Eles parecem duas crianças!

Mas conforme nos aproximamos do nosso destino, os risos e as brincadeiras somem e dão lugar à tensão e à concentração.

—Tem certeza que é por aqui, MANINHO. —Liam provoca.

—Mas é claro! Minha memória fotográfica é melhor que qualquer GPS. —Lince se gaba, tentando aliviar a tensão.

Estamos à caminho da casa da Sra. Smith que, segundo informações, é a mãe de George Smith, o acionista ladrão que, por coincidência ou não tem o mesmo nome que o que James usou no passaporte falso.

Para mim George Smith e James são a mesma pessoa, mas ao que tudo indica, George Smith também existe. Pelo que sabemos, era um pequeno empresário de Nova York que comprou ações na Masen em 2008. Parecia ser um homem de boa conduta, mas não se sabe muito sobre ele, portanto não podemos ter certeza se essa boa conduta é só fachada.

É impressionante a rapidez com a qual os investigadores do FBI conseguem uma informação. Quando Lince ligou ontem, não sabíamos nada sobre George, e hoje de manhã já sabíamos a ficha completa sobre a mãe dele.

Isso que é eficiência!

Chegamos no endereço indicado às duas e meia da tarde. Estamos em Portland, em um bairro de classe média. A casa da Sra. Smith é pequena, mas tem certo charme, embora precise urgentemente de uma reforma.

—Lembrem-se. Nós não trabalhamos no FBI. Somos assistentes sociais, e estamos fazendo um trabalho comunitário em Portland, entendido? —Lince perguntou e nós assentimos.

Ele falou aquilo com tamanha verdade que eu quase acreditei naquelas palavras. Não tive dúvidas que a Sra. Smith também acreditaria. Ela não podia saber que éramos do FBI,, pois, se soubesse poderia tentar proteger o filho.

Lince tocou a campainha e uma moça loira atendeu à porta. Posso jurar que ela hiperventilou ao ver Lince na sua frente. Chega a ser engraçado ver a maneira como as mulheres reagem à presença dele.

—Ah... E...Em que posso ajudar? —Ela gaguejou.

—Nós somos assistentes sociais e estamos fazendo um trabalho comunitário porta-porta por Portland. Fomos informados que há uma idosa morando aqui e gostaríamos de conversar com ela, se for possível, é claro. —Lince explicou, jogando charme para a empregada, que ficou vermelha como um tomate.

Conhecendo a Dor (Completo até 30/05/2016)Where stories live. Discover now