55 - The end

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- Não posso acreditar!

A Diana exclamou, começando a correr da melhor forma que conseguia, devido à quantidade de cervejas que ingeriu.

Debruçou-se perto de um carro, tentando tirar algo que estava por baixo do mesmo. Estranhei o que estava a fazer, mas como tinha a sua piada, tirei o telemóvel do bolso e fotografei-a naquela posição, colocando a fotografia no instastories. Só me conseguia rir, visto que se esticava cada vez mais, acabando por ficar deitada no passeio, com os braços por baixo do carro.

- Diana? Mas o que é que estás a fazer? Não me digas que está aí um gato!

- Era muito melhor se fosse um gato, mas isto também serve. Agora vem aqui e ajuda-me! - Protestou, ajoelhada a olhar para mim.

Acabei por guardar o telemóvel, caminhando até à rapariga. Quando me baixei e descobri o que lhe chamou à atenção, comecei-me a rir.

- Neste momento tenho a certeza que és para casar, Diana.

- Por causa de uma bola? Romantismo!

Revirei os olhos, conseguindo tirar a bola à primeira tentativa.

Observei-a a levantar-se e a sacudir a roupa, ajeitando-se. Tirou-me a bola das mãos, começando a correr feita louca pelo Terreiro do Paço atrás da mesma. O mais engraçado, é que segurava ainda a garrafa da cerveja e tentava não entorna-la, o que não conseguiu.

Chutou a bola na minha direção, começando a desafiar-me. O que era para ser um passeio romântico, tornou-se num jogo de futebol de rua.

Cada vez que conseguia finta-la, a rapariga atirava os braços ao ar, murmurando que se fosse o Cervi nada daquilo estava a acontecer, que precisava de ter aulas com ele. Aulas particulares, deu ênfase.
Aproveitei que estava desprevenida, chutando a bola contra o rabo dela, ouvindo-a a queixar-se.

- És um ciumento, André. - Cruzou os braços à frente do peito. - Já não quero jogar mais à bola contigo.

- Ótimo, vai jogar com o Cervi.

Soltou leves gargalhadas, caminhando na minha direção. Esticou os braços como se fosse abraçar-me, acabando por ser traiçoeira e por dar um toque na bola, de modo a passar-me entre as pernas.

Só depois me abraçou, afirmando que "me partiu" como os jogadores faziam em campo.

- Também te posso partir, mas tenho formas melhores para o fazer. - Arregalou os olhos, explodindo em gargalhadas altas.

- És impossível André, não há quem te consiga aturar!

- Falas falas, mas já é a segunda vez que cá andas. - Mostrei a expressão mais orgulhosa e convencida.

- Mas isso é só porque te amo!

Arqueei a sobrancelha e ela sorriu-me tímida com as próprias palavras. Dei-lhe um beijo leve nos lábios.

- Quero a desforra! Quem te vai fintar agora sou eu, prepara-te tripeiro.

- Quando se trata de lampiões, não é preciso muito.

Closer × André Silva ✔Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ