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Miguel

Fomos para o estacionamento procurar pela a moto do Raul e quando eu a encontro, destravo-a e subo em cima dela. A Flávia fica parada ao meu lado. Olho em direção a ela e a mesma olhava para mim, como se estivesse me examinando, dos pés à cabeça, só pelo fato de me ver pela a primeira vez sentado em uma moto e não em um carro. Sorrio por conta disso. Ela nota e logo abaixa a sua cabeça como se tivesse ficado com vergonha. Pego em sua mão e a convido, mexendo a cabeça para trás, para subir em cima da moto. E ela fez o que eu pedi, com a sua mão ainda presa a minha. Só esse seu contato é um calmante. Para mim.

Sabe, essa é a primeira vez que eu ando numa moto com você diz ao juntar o seu corpo no meu. Sinto os seus seios tocarem em minhas costas e suas mãos se prenderem em volta do meu corpo. Olho para elas. Meu corpo imediatamente se arrepia, da cabeça aos pés, não por conta de sua aproximação, mas sim porque essas palavras foram sussurradas ao meu ouvido de maneira extremamente sexy, provocante.

Tenho certeza que você vai gostar viro o meu rosto para o lado e lhe dirijo um sorriso sacana seguido de uma piscada de olho. Sinto os seus lábios doces beijarem minha bochecha, delicada e demoradamente. Por mim eu ficaria a noite toda aqui, seus toques e beijos são as coisas mais maravilhosas que existem. E eu não quero me afastar deles agora. Mas pensando melhor se aqui já estar bom desse jeito imagina quando chegarmos em casa.

Não, eu deveria ir mais devagar... eu sinto que eu deveria — me repreendo.

Pode apostar que sim me distraio ao ouvi-la falar isso que logo em seguida mordisca meu pescoço, de maneira rápida, só para me deixar com mais desejo, esse que eu mal estou conseguindo segurar. Olho para ela, arqueando uma sobrancelha com um sorriso maroto nos lábios, como se dissesse: "você já parou de me seduzir, por que eu já estou perdendo meu autocontrole, mocinha?". E ela com a sua risada esconde o seu rosto atrás de minhas costas, mas eu espero, espero até que ela me olhe de novo e quando ela faz isso, só balança a cabeça, afirmando.

Ao que parece o jogo de sedução acabou por aqui... agora iremos aproveitar o resto na minha casa.

Acelero o motor da moto e seguimos pelas ruas escuras até chegarmos na minha casa, isso depois de alguns minutos. Vou em direção a garagem. Abro o portão e coloco a moto lá dentro. Assim que o tranco novamente, vamos para o outro lado da casa e entramos nela, silenciosamente.

A casa estava numa completa escuridão; provavelmente meus pais já estavam dormindo a uma hora dessas. Eu gostaria de saber que horas são agora. Pego na mão da Flávia, como para guia-la, fazer com ela não bata nas coisas para não acordar os meus pais, ou até mesmo pior, se machucar, já que geralmente quando ela vem aqui é iluminado, diferente de agora. Andava tão distraído, mas mesmo assim de maneira rápida, para chegarmos mais depressa no meu quarto quando a Flávia tropeça em alguma coisa.

Ai! Ela grita e sua mão solta a minha para pegar em alguma parte do seu corpo que eu não consigo distinguir por conta de estar tudo escuro. Tento pegar em seus ombros para me situar onde ela está e assim que a toco, percebo que a mesma estava abaixada no chão. Também me abaixo para ficar na mesma altura que a sua.

Ei, é melhor não fazermos barulho me aproximo mais de seu rosto e quando pego no mesmo para identificar aonde está a sua orelha, a encontrando logo em seguida, sussurro baixinho as minhas próximas palavras para causar a impressão que eu quero que cause: pelo menos não agora em seguida minha língua vai de encontro ao seu ouvido e eu vejo a mesma se arrepiar perante a mim.

Miguel! Me repreende batendo no meu ombro, porém não tão forte como eu achei que faria; não sei se é para não me causar dor ou se é pelo fato do barulho que eu prezo para que ela faça o menor possível. Imagino que seja um pouco das duas opções. Mas não ligo muito para isso, isso já não importava mais; nem o tapa no meu ombro e muito menos o barulho que poderíamos fazer aqui, que resultasse com os meus pais se acordando. O que está na minha cabeça agora é ela chamando o meu nome de maneira séria, como se não tivesse gostado da minha brincadeira, que era um pouco verdade, quando sugeri fazermos barulho mais tarde.

Sentimentos AdormecidosDonde viven las historias. Descúbrelo ahora