Doze: Atitude Corajosa

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Um guarda faz referência ao abrir a porta e me anunciar para as pessoas quer por ali estão.

— Bom dia, querida — meu pai saúda com seu melhor sorriso. Sinto um frio percorrer o meu corpo ao me deparar com a família francesa sentada à mesa.

— Alteza, que bom que se juntou a nós — Rainha Katherine diz de forma gentil. Sorrio, me sentando ao lado esquerdo de papai e de frente para minha mãe. Dulce está ao meu lado e, consequentemente, de frente para Benjamim. Jade está de frente para Louis que está ao lado de Benjamim. Lady Margaret acompanhada por seu marido e Rosie estão ocupando alguns outros lugares, e na outra ponta da mesa está o Rei Luís e a Rainha Katherine.

— Estávamos falando sobre você — é a vez do Rei Luís falar.

— Espero que só coisas boas — confesso, passando as minhas mãos discretamente em meu vestido para limpar o suor liberado pelo meu corpo por conta do nervosismo.

— Como se você tivesse algum defeito — Benjamim diz com um sorriso provocativo, sinto meu rosto ruborizar e minha mãe ri de forma discreta.

— Não vejo a hora do casamento acontecer — diz entusiasmada.

— Faremos o possível para que seja o maior evento que os reinos já viram — Lady Margaret complementa a minha mãe.

— E quando seria isso? — tento não parecer incomodada.

— Certamente logo após o seu aniversário — meu pai responde e eu arregalo os olhos.

— Algum problema? — rei Luís pergunta ao ver minha expressão.

— Nenhum. Ela só está surpresa, não é, Anabela? — Dulce toma a frente e eu assinto, ainda embaraçada com toda a situação.

— Não é como se uma data fosse interferir no evento — o primo, Louis, fala pela primeira vez.

— Então, príncipe Benjamim, soube que salvou uma família camponesa de uma terrível catástrofe — minha mãe muda o rumo da conversa para que eu não falasse besteira.

— Bom...— ele alisa a parte de trás do seu cabelo — eu estava cavalgando com o Louis, quando ouvimos gritos vindos de uma fazenda próxima. Fomos verificar e o local estava em chamas. Então, sem pensar duas vezes, nos disponibilizamos para ajudá-los e eu soube que ainda restavam duas crianças dentro do celeiro. Em uma atitude impulsiva, entrei no celeiro e resgatei as crianças. — narra parecendo lembrar de todos os detalhes.

— Uma atitude corajosa — Dulce o corrige e ele lança-lhe um sorriso. Pude jurar que vi o rosto de minha irmã tomar uma coloração diferente.

— Perigosa também, costuma se arriscar sempre assim? — meu pai pergunta preocupado.

— Senhor, acho que existem situações em que devemos nos arriscar para ajudar o nosso povo — responde se sentindo confiante.

— E como existem — murmuro antes de comer um pedaço do bolo.

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A história chegou no #303 no ranking fantasia. Eu sei que não é uma ótima colocação, mas fico feliz do mesmo jeito.

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