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não é preciso falar para entenderem as referências, certo?

Meus pés descalços caminhavam lentamente sobre o chão frio do Cruzeiro que mais parecia um lugar deserto neste momento. Às 3hs da manhã todos estão dormindo e os que não estão provavelmente estão no cassino bêbados tentando voltar para os seus quartos.

O que vai ser engraçado já que existem mais de 200 quartos aqui. O único barulho do qual eu ouvia era o som da água oceânica.

- Hey você! - Ouço uma voz e vejo se é comigo que estão falando.

- Sim?

- Você vai ficar gripada andando por aí descalça!- Gritou de longe e eu a olhei.

- Acho que sei exatamente o que me faz bem ou mal...- Resmunguei para mim mesma.

- Ah não me diga! - Se aproximou. - Vai me dizer que é médica? - Perguntou irônica me fazendo olha-la.

- Eu sou. Sou cirurgiã.- Sorrio.

- Que horror! Então você é uma dessas metidas que se acham porque são açougueiros e cortam tudo o que vêem pela frente? - Olho para ela chocada e chego mais perto ainda.

- Mas quem você pensa que é, não é como se trabalhasse no ramo, não?! - Pergunto irônica.

- Quase isso.- Ela sorri. - Sou psicóloga. E no hospital em que eu trabalho tem vários de você se achando superior por cortar pessoas.

- Nós as cortamos porque nós salvamos vidas!- Me defendo.

- E psicólogos não? - Ela rebate. Me fazendo reconhecer que ela tem uma personalidade forte.

- Gostei de você, me fez ficar sem resposta. Eu sou Marie Stark.

- Scarlett Johansson. Mas pode me chamar de Let.- Demos um aperto de mão e ela bebeu mais um gole de champanhe. - Quer?

- Acho melhor eu pegar uma tequila no bar.- Ela ri quando eu faço uma cara meio estranha com a embriaguez dela.

Chegamos ao bar e vamos até o bartender que quando nos vê da um sorriso estranho e começa a falar merda. Como todos os homens.

- Boa noite princesas, que tal uma de vocês ir ali comigo sentar na minha cara? - Junto as sobrancelhas indignada e me preparo para soltar o meu rebate feminista.

- Você- Let me interrompe.

- Por quê? Seu nariz é maior que seu pênis? - Ela pergunta irônica e eu começo a rir da feição despreparada dele.

- Depois dessa eu pediria para o seu amiguinho ali nos atender. - Sorrio sarcástica fazendo com que ele me obedeça.

- Parabéns garota! Nem eu responderia a altura nesse momento.

- Ah sem problemas! Eu tenho experiência em lidar com homens sem um pingo de respeito.- Ela diz pegando a garrafa de champanhe do balcão e trazendo para perto de si mesma.

- Machistas.- Reviro os olhos.

- Acredita que uma vez chegou um machista no meu consultório com o intuito de me levar pra cama fingindo precisar de uma consulta? - Ela riu bebendo mais uma vez.

- E o que você fez?- Perguntei.

- Mandei minhas seguranças retirassem ele do meu escritório. Mas não paguei minha poupança toda para vir ao Paradise só pra falar de machistas.- Olhou para mim. - Eu vim para beber, beijar muitos homens e curtir ao máximo.

Mas por que alguém gastaria toda a poupança em um Cruzeiro sendo que poderia parcelar o pagamento?

- Então precisamos ir para o cassino, lá tem homens bonitos, ricos e se tivermos sorte não pegaremos machistas.- Digo me levantando da cadeira e sorrindo, tudo estava meio embaçado e eu tenho certeza que foi a tequila.

tsunamiWhere stories live. Discover now