tsunami

nineteen

coloquem aqui suas teorias sobre como vai ser o futuro da fic daqui em diante e como vai ser o relacionamento do nosso casalzinho rs

Mais uma vez. Mais uma vez aquela situação se repetindo, o completo vazio no meu peito me tomando aos poucos, uma parte de mim tentando lutar com o restante de força que tinha para sobreviver, como se ainda eu pudesse fazer alguma coisa. Vendo a situação a minha frente eu sabia que minha mente ia acionar sua válvula de escape, não muito útil nesse momento. Porque meu subconsciente já estava percebendo que eu já não tinha mais nada. Eu só tinha Chris, e agora não tinha mais nada.

Aos poucos todas as minhas forças iam cessar, eu não teria força pra falar, gritar ou até mesmo demontrar qualquer desespero pois uma parte de mim já me convencera. Você já perdeu tudo. E sem ao menos perceber caminhava praticamente me arrastando ao ver a cena que me fez perceber o quanto eu estava sozinha e vazia.

O corpo de Chris derramando sangue sobre o chão, formando uma trilha de sangue enquanto era arrastado por um tipo de índio brutamonte que não me deixava tocá-lo.

- Se tentar chegar perto dele, eu o mato no mesmo momento.- Quando essas palavras foram pronunciadas todas as minhas barreiras de proteção foram destruidas, como se ele tivesse quebrado a única camada de resistência que eu tinha.

Sem poder tocá-lo, sem poder ajudar Chris eu me sentia como uma inútil, imaginar todo o processo que o corpo dele estava passando, o levando a morte me fazia entrar em pânico só de imaginar o corpo dele outra vez sem vida na minha frente. Todos os cenários que eu via para Chris o levava a morte, me fazendo querer ir com ele também. Não sobreviveria sem ele, não sabia como seguir em frente, como viver aqui sem ele e por isso meu corpo estava se desligando aos poucos. Não estava conseguindo falar, nem ao menos me mexer, estava ficando paralisada de medo e terror exatamente do mesmo jeito das outras vezes da qual eu tinha me traumatizado.

Outra vez vendo o corpo de Chris sem vida na minha frente. Ele já estava perdendo a cor e seu corpo estava sem firmeza alguma quando era segurado como se fosse apenas uma carga para viagem.

- Estamos chegando. E mais uma vez invasora, não faça nenhuma besteira ou seu amigo não vai sobreviver.- As palavras eram de um sotaque tão forte que demorei a racionar o que aquilo signicava.

Chris estava vivo.

- Vivo?

Um sorriso de escárnio saiu dos lábios do nativo. Eu mal conseguia pronunciar as palavras.

- Está. Veja você mesma.- Segurou Chris sem cuidado algum e logo depois deu um soco no estômago dele.

O desespero me tomou quando logo após o soco sangue jorrou para fora sujando a mão do índio e o chão enquanto Chris ainda mais pálido se mexeu tendo um espasmo e tossiu sangue. Vivo. Ele estava vivo.

- Me deixe ajudar ele.- Limpei as lágrimas que caiam. Era a única chance que eu tinha de salvar ele, eu não podia deixá-lo ir.

- Fique quieta, ele ainda pode morrer. E você também.- Arrastou o corpo do loiro até que eu pude ver a uma distância um conjunto de pessoas, todas semelhantes e parecendo estarem se preparando para algo. Senti um embrulho no estômago só de imaginar, se um já tinha quase matado Chris, todos aqueles podiam nos cortar em pedaçinhos em um piscar de olhos.

Olhei para o nativo esperando alguma explicação, algo que pudesse me dizer sobre o que iria acontecer. Mas nada, ele apenas seguiu até o que eu percebi ser uma aldeia e as pessoas que estavam nos esperando pareciam ser importantes pois o nativo abaixou a cabeça e fez um gesto para mim e para Chris, que foi jogado no chão.