eleven

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Coraline Harvey.

Uma semana após o Tsunami.
Manhattan, New York.

Hoje será o dia em que Owen irá entrevistar a nova candidata ou novo candidato a membro da Diretoria que ficará no lugar de Marie, era para eu estar me preparando para a entrevista porque por direito quem devia fazer sou eu, como principal membro e herdeira do hospital.

Mas eu serei afetada emocionalmente achando que a pessoa não estaria à altura da antiga pessoa no cargo, não era por menos que Marie Stark mandava em boa parte do hospital. Ela era a melhor.

Sobre a fase do luto estou seguindo devagar mas vou conseguir, pelos sussurros no hospital eu pareço não sentir a falta dela e sou a pessoa mais fria do mundo.

A minha melhor amiga morreu sozinha porque um Tsunami atingiu ela, até as pessoas mais frias sentem algo nisso. Mesmo que os a sua volta não percebam. E agora tudo está sendo tomado aos poucos dela e a mesma está sendo substituída como um vaso que quebra e é substituído em uma recepção.

Esse hospital era uma lembrança que eu podia ter dela, mas agora acho que a única coisa que restou dela foi Klaus, seu lobo negro de estimação. A família adotiva dela não quis ficar com ele por acha-lo "selvagem" mas ele anda tão cabisbaixo que as vezes acho que ele está em depressão, acabei ficando com ele porque Marie não iria querer o bichano dela em um abrigo de animais selvagens. Mas com certeza a pior parte e a que menos me surpreende é a família adotiva dela só querer a herança dos Stark.

As vezes me pergunto se o tal Sebastian que me deu essa notícia está passando pelo mesmo que eu, ele parecia que iria morrer quando chegou aqui no hospital.

- Harvey!- Ouço a voz de Owen e o olho com o meu famoso desinteresse.- Os candidatos começarão a vir daqui uma hora, leve-os até a sala da Diretoria por favor.

Era o mínimo que eu poderia fazer, mas enquanto isso vou preencher alguns prontuários médicos.

Sebastian Stan.

Mas que merda anda acontecendo com a minha vida?

Tudo está desmoronando na minha cabeça e eu não faço a mínima idéia do que fazer. Eu estava em uma empresa da qual eu era um bom funcionário até uma semana atrás, até o momento em que Chris decide fugir, é atingido por um Tsunami e acaba morrendo e tudo a partir disso ainda é pior.

Como se eu não fosse triste o suficiente antes disso.

- Essa mesa cheia de papéis, a minha vida e tudo a minha volta está uma perfeita bagunça.- Sussurro para mim mesmo

- Licença.- Ouvi a voz dela que não iria ajudar em nada neste momento.

- Latifa?

- Sebastian.- Ela pronunciou meu nome e eu fiz menção para a entrada dela na sala.- Vim saber como você está.

Ela parecia um pouco abatida mas não ao ponto de não parecer ela.

- Provavelmente você não quer saber de verdade.- Respondo calmamente enquanto ela fica parada a minha frente, muito bem vestida por sinal.

- Marlene quer saber mas eu não vou protestar se também souber.- Eu estava irritado com ela, muito irritado. Nós já tínhamos brigado e depois do que aconteceu com Chris a situação piorou.

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