two

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Chris Evans.

Todos nós temos responsabilidades, todos nós temos deveres a cumprir, desde pequenas coisas a grandiosos feitos. Muitas vezes parte da pessoa com a responsabilidade fazer o que é certo, o que se deve fazer e sem dúvidas fazer tudo errado, mas as vezes ter responsabilidade não quer dizer que é para fazer algo bom. Isso me faz questionar...

Nossos feitos realmente nos mostra quem somos?

Em certos momentos da vida temos pressão em nossas costas para resolver algum problema ou temos uma situação da qual, na maioria das vezes muitas pessoas esperam algo de você. Mas só você pode decidir o que fazer, como agir ou sobreviver em um momento de desespero, cabe a você decidir se você agirá por si mesmo ou vai ceder à pressão alheia e fazer o que te forçaram a fazer.

E vivendo essa situação, tenho certeza de que não é algo fácil de decidir, afinal, na maioria das vezes são pessoas que amamos que esperam algo de nós, e com certeza queremos a felicidade dessas pessoas, mas e se a felicidade dessas pessoas forem a nossa infelicidade? Nós iremos decidir viver infelizmente para ver eles sorrindo ou seremos donos de nossas próprias decisões com a nossa própria felicidade?

Abro os olhos e encaro o teto e os detalhes dourado em volta do lustre e reparo que tudo aqui parece ser feito nos mínimos detalhes, tudo condiz com os folhetos, propagandas e comercias, o paraíso. Desde o modo em que tudo parece ser muito tropical e quente, da leveza do vento as águas pesadas do oceano.

- Serviço de quarto.- Ouço após duas batidas na porta. Me levanto e abro a porta vendo uma senhora sorrir.

- O senhor deseja um café? - Ela diz olhando para mim depois de ver que eu ainda visto o smoking de ontem. Acho que o smoking é a única coisa que eu me lembro da noite passada.

- Não, obrigada. Vou tomar na área de lazer.- Tento falar sem que ela perceba que eu estou morrendo de dor de cabeça.

- Como o senhor desejar. Volto daqui uns minutos para arrumar o quarto. - Se afasta e bate no quarto ao lado fazendo o mesmo que fez ao bater no meu.

Fecho a porta e me olho no espelho me deparando com uma situação depravada. Não adiantou nada tentar não falar sem parecer estar de ressaca. O meu semblante grita antes que eu abra a boca. Resolvo tomar um banho bem gelado e dar as caras ao mundo saindo desse quarto indo tomar um café.

A caminho vejo um alvoroço perto do parapeito do navio quando todos começam apontar para o oceano, entro no meio do alvoroço vendo o que todos não tiravam os olhos, golfinhos. Muitos deles pulando para fora do oceano e espirrando água nas pessoas, e enquanto eles tiravam fotos eu apreciava a vista e o momento. São poucos os que sabem viver o momento antes que ele acabe.

Marie Stark.

Minha cabeça latejou quando eu tentei move-la para levantar quase me fazendo cair e meu eu inferior riu de mim por estar nessa situação, aos poucos consegui me mexer e me levantar da cama, mas como eu fui parar aqui?

Eu nem me lembro de conseguir o quarto de Scarl-

- Merda, Scarlett!- Quase grito e minha cabeça quase explode.

- Eu não coloco mais um gole de champanhe ou qualquer outro álcool na minha miserável vida nunca mais.

Me jogo no chuveiro com a água gelada batendo em mim tentando dissolver o que eu me lembrava da noite anterior. Mas o que me martelava a mente era o que Scarlett dizia dormindo. Era perturbador.

- Por que todos morreram, Mark? Por quê todos me deixaram sozinha no mundo?

-... não paguei minha poupança toda para vir ao Paradise só pra falar de machistas.

tsunamiWhere stories live. Discover now