Capítulo 64 - "Eu vou ligar pra ela..."

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Escrita com a senhora Rios Bernal... JulianaRamosAzevedo

AMANHECEU...

– Num aquedito nisso! Ola, Malia, que sacanazem. – a voz zangada veio com dedos pequenos passando a mão nas costas de Heriberto, mas ele estava dormindo.

– Apoveitado ele, Nandinha! – Beliscou o pai três vezes.

Heriberto riu e se virou na cama.

– O que é isso são abelhas me picando?

Fernanda cruzou os braços e fez cara feia.

– Talaira, isso sim! – Maria falou. – Nem mim chama pa domir em papai, eu sou um nené! – Beliscou ele de novo. – Pa apender.

Ele pegou as duas e pós em cima de sua barriga e as olhou.

– Quem são os nenéns de papai? – ele disse amoroso beijando elas. – Todo dia vocês dormem aqui, mas Max não!

– Só ele esse talaira!– Maria quis descer. – Ola, Nandinha como ela sugula ele.

– Eu senti vontade de domir aqui amanhã e você nem touxe noize, papai. – Fernanda escalou e foi para a mãe. – Maãe eu zá to aqui e Malia ohhh... alá Malia ela num tá gotano de Maxi aqui.

Victória acordou num susto.

– O que é isso, minha filha, a mamãe ainda morre do coração!

– Eu quelo um poco de calinho, amor e atenção Vitólia. – ela falou do jeito que Heri falava. – Vem Malia, ela vai te da amor.

– Eu que num quelo eu quelo é come arroize e fezão!

– Eu to com fome de leite e pão com zeleia, podo come zeleia mãe? – ela agarrou a mãe empurrando Max.

Max acordou zangado no mesmo momento.

– E por isso que eu odeio elas! – disse chateado agarrando a mãe.

– Meu filho, não fale assim, mamãe é todos de vocês! – Segurava os dois agarrados nela.

Maria olhou o peito do pai com alguns pelos e puxou.

– Cheio de mato aqui! – ela começou a rir.

Heriberto soltou uma gargalhada e beijou ela abraçou forte e depois se curvou e beijou o filho.

– Bom dia, filho!

– Bom dia, meu papai, te amo!– ele disse rindo. – Você me dá café que to com dor de fome. – ele riu.

– Vamos todos tomar café!

– Vai nem se banhar, Maxi? – Maria implicou. – Eu já banhei.

Ele deu lingua e riu.

– Você faz cocô na calça! – ele disse aprendendo a se defender pela primeira vez.

– Eu que num faço isso, fedolento!

– Faz sim, você é bebê e todo bebê faz! Vamos mamãe. – ele se levantou e desceu da cama.

– Eu quero ovinho e salsinha pode, mãe? – Fernanda pediu.

– Vem nanda que você gosta!

Victória tomou forças e sentou na cama e beijou Maria e o marido.

– Eu que vo, fedolento. – Maria pulou da cama caindo de bunda no chão. – Ai, meu popo...

Vick a olhou e levantou no susto e a pegou do chão no mesmo momento.

– Machucou, amor? – tinha o maior cuidado com os filhos.

NÓS DOIS - TDAWhere stories live. Discover now