Capítulo -18

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Nívia saiu de casa por volta das 16 horas. Era uma tarde ensolarada de domingo. Raike estava por perto e ele a observava por trás dos arbustos. Nívia carregava um cesto.

Ela começou a andar em uma trilha. O alienígena a segue de longe como ele fez nas outras ocasiões. Nívia recolhia os gravetos que estavam espalhados no chão da floresta. A madeira seria usada no fogão à lenha que ela tinha.

Em um momento, ela chegou em um local onde ela podia ver os raios solares. O campo era parcialmente aberto. O mestiço alienígena ficou a uma grande distância dela, mas podia avistá-la.

De repente, ela se deparou com uma onça. A fera a viu também e começou a correr em direção à mulher. O jovem alienígena percebeu que o animal estava prestes a atacá-la. Nívia solta o cesto no chão naquele momento. Ela quis gritar, mas sua voz não saía. Nívea desejou correr, mas suas pernas não a obedeciam.

Quando o animal já estava a 30 centímetros perto de Nívia, o rapaz se lança sobre a fera.

Nívia se prostrou no chão e começou a tremer. Entretanto, ela ainda teve ânimo para ver o alienígena mestiço lutar contra o animal selvagem.

Raike segurava a fera pelo tronco com força. A onça se debatia furiosamente nos braços daquele jovem extraterrestre. As unhas do felino rasgaram as mangas da roupa de Raike e cortaram os braços do virkoniano que começaram a sangrar. O sangue de Raike era azul escuro.

O jovem virkoniano começou a apertar o tronco do animal com mais força. Nisso, Raike quebrou a coluna do felino. No fim da luta, a onça escorregou dos braços do rapaz e caiu no chão. A fera selvagem estava morta. Raike permaneceu agachado.

Nesse momento, Nívia olhou para os olhos dele que estavam semelhantes aos dos lagartos. Em seguida, ela fitou o sangue azul-escuro que escorria dos braços do extraterrestre. O rapaz também direcionou seu olhar para a mulher. Ele percebeu que Nívia tinha olhos azuis. Ambos decidiram não falar nada.

Ele se levantou do chão e foi embora, correndo.

Nívia observou o animal morto. Depois que ela se recuperou do choque, Nívia pegou o cesto e se levantou do chão. Ela voltou para sua casa.

***

Nívia estava sentada à mesa e mexia o macarrão com um garfo. Ela mal havia tocado no alimento. Nívia não conseguia parar de pensar em Raike. Ela se lembrava do momento em que ele a salvou da morte. Nívia pensou: "Aquele rapaz misterioso matou uma fera selvagem sem nenhum tipo de arma. Como ele teve forças para fazer isso? Nem o mais forte dos homens pode fazer o que o aquele rapaz fez. Os olhos dele não são como os dos humanos. Tenho certeza que ele não é do meu mundo".

Mundos distantesWhere stories live. Discover now