Capítulo - 20

700 71 2
                                    


Nívia estava dormindo em sua cama durante a madrugada. De repente, a solitária mulher teve um sonho onde ela se encontrava em uma floresta. Nívia usava um vestido da moda francesa do século XIX. Era dia naquele sonho. O sol brilhava.

Em um momento, ela chegou em uma aldeia indígena. Crianças brincavam no local. Havia uma oca perto dali. A estrangeira se aproximou de uma nativa que estava cozinhando perto de uma fogueira. Nívia tocou no ombro da mulher, mas a mão traspassou o corpo. Nívia ficou perplexa e disse:

— Minha nossa.

Nenhum dos nativos podia ver ou ouvir a estrangeira como se Nívia fosse um fantasma invisível. As pessoas da aldeia pareciam índios brasileiros que viveram antes da colonização portuguesa. Os nativos estavam quase nus.

De repente, um garoto de 10 anos olhou para o alto e ficou perplexo. As outras crianças fizeram o mesmo. Nívia percebeu que olharam para algo. A mulher branca olhou para o céu e notou a presença de um disco voador. A nave alienígena estava se aproximando da aldeia. O objeto brilhava mais do que a luz do sol. A índia também percebeu que observavam algo e olhou em direção ao céu. A mulher nativa disse algumas palavras em um idioma indígena quando avistou o objeto.

A índia correu para o interior da oca e chamou os outros que estavam lá dentro para ver a coisa voadora. Em seguida, todos saíram da tenda para ver o objeto e ficaram pasmos quando avistaram o OVNI.

A nave pousou no campo perto da oca. De repente, a porta do disco voador se abriu. Dois alienígenas que possuíam aparência humana saíram de dentro da espaçonave extraterrestre e começaram a andar em direção aos índios. Os olhos de ambos os extraterrestres estavam totalmente cobertos por uma cor preta como se fossem diamantes negros. Um dos alienígenas era Raike. Os dois visitantes que vieram do céu usavam roupas reluzentes. Os índios se prostraram diante de ambos como quem se curva diante de um deus, inclusive as crianças. Nívia permaneceu de pé, mas ela ficou tão surpresa quanto os índios.

Raike estava diferente naquele sonho, pois havia uma expressão de luxuria no rosto dele. Existia um tom de ameaça no modo como ele os fitava, pois os observava como uma serpente que está mirando sua presa.

Raike estendeu a mão para um homem que era o chefe da aldeia. O nativo se levantou em seguida e começou a conversar com Raike. O líder da comunidade não ousou olhar nos olhos do alienígena de imediato. Raike levantou a face do homem nativo. O chefe da aldeia olhou diretamente nos olhos de extraterrestre em seguida. Os dois falaram em uma língua que Nívia não entendeu. Os demais nativos não desgrudaram seus rostos do chão. Alguns índios estavam trêmulos.

Em seguida, o chefe olhou para seu povo e falou algumas palavras em seu idioma. Os outros índios se levantaram logo após. Raike hipnotizou quatro mulheres da aldeia olhando nos olhos delas. As escolhidas ficaram em transe e começaram a andar em direção ao disco voador. Raike e o outro alienígena as seguiram e entraram no disco voador com as nativas hipnotizadas. Em seguida, as portas da espaçonave se fecharam. O OVNI levantou voo logo após. Nívia e os nativos olharam para o objeto reluzente até perdê-lo de vista. A multidão se dispersou em seguida. Alguns entraram na oca e outros correram para a floresta.

O sonho acabou nessa parte. Nívia acordou nesse momento. A luz do luar penetrava no quarto através da janela. 

Mundos distantesOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz