Capítulo - 45

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Kinara estava no hall da nave-mãe onde ela observava o espaço sideral por uma janela ampla. Nesse momento, um jovem chamado Traik entra na sala onde ela estava. Ele segurava um buquê de lírios. O rapaz falou:

— Oi, Kinara.

A moça olhou em direção a ele e viu o buquê de lírios. Em seguida, ela falou:

— Oi, Traik.

O jovem entregou as flores para ela e falou:

— Você quer jantar comigo no meu quarto?

— Traik, você não acha que está indo rápido demais? Nós nos conhecemos há pouco tempo. Você mal me conhece.

— Na base militar de Vênus onde morei, não existiam mulheres tão lindas como você.

— Não posso aceitar tuas flores. Desculpe-me.

Nesse momento, ela devolveu o buquê para o rapaz. Em seguida, a garota falou:

— Eu só tenho olhos para Raike.

— Ele é um idiota. Não sei o que você viu naquele babaca. Raike não fala de você quando eu converso com ele. Apesar de Raike nem lhe notar, você vive correndo atrás daquele imbecil.

— Eu sempre vou amá-lo mesmo que Raike nunca se interesse por mim.

— Eu só queria o espaço do teu coração que sempre foi reservado para Raike.

Nesse instante, Traik foi embora da sala. Quando ele chegou ao corredor, o rapaz jogou as flores em um cesto de lixo. Em seguida, Traik deu um sorriso sinistro e pensou: "Tenho que tirar Raike do meu caminho. Eu nunca vou ter o coração de Kinara enquanto ele estiver por perto. Está na hora de eu fazer uma maldade".

***

Nívia estava andando em uma rua da cidade. Eram 19 horas de uma noite de sábado. O local estava bastante movimentado. Carros e pedestres passavam na rua. Nívia chegou em frente a uma casa noturna e viu pessoas que estavam dançando lá dentro. Ela podia ouvir a música que havia dentro do local. Nívia sentiu um vazio. Um sentimento de falta de esperança se apoderou de sua alma naquele instante.

Ela se perguntou: "Por que eu não posso ter o que mais quero enquanto os outros podem ter tudo o que desejam?"

Depois de alguns segundos, ela continuou andando e entrou em uma loja de filmes. Ela escolheu um DVD de um filme romântico. Logo após, Nívia pegou ao atendente. Em seguida, ela saiu do estabelecimento e foi para o ponto de ônibus. Enquanto a solitária mulher esperava pelo veículo coletivo, ela pensava em Raike. A ausência dele não era a única coisa que a atormentava. O que mais lhe causava esses sentimentos negativos era saber que a sociedade de Raike o proibia de amar uma humana e ele poderia encontrar a morte se o caso amoroso deles fosse descoberto pelos policiais virkonianos. Nívia não queria que sua história de amor terminasse de forma trágica tal como a de Romeu e Julieta.

Depois de alguns minutos, um ônibus estacionou no local. Ela entrou no veículo que partiu em seguida. A mulher pagou a passagem e se sentou em um banco.

***

Nívia estava sentada na janela de seu quarto. Eram 22 horas. Ela pensava em Raike naquele momento. A luz da lua iluminava o local. Nívia usava um roupão de seda branca e havia uma melancolia no olhar dela. Ela se levantou da janela de repente. Em seguida, a solitária mulher pegou o DVD. Inseriu-o no tocador e apertou o botão do controle remoto. A imagem do filme apareceu na TV. Ela se sentou na cama logo após.

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