Capítulo - 47

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Traik entrou no banheiro coletivo do aeroporto. Quando ele abriu a porta de um dos boxes, deparou-se com Nok, o piloto, que estava amarrado.

Traik desamarrou o piloto e o sacudiu pelos braços. O ser acordou e Traik perguntou através de telepatia:

— Nok, o que aconteceu? Por que você estava imobilizado? Quem fez isso com você?

Nesse momento, o piloto explicou tudo o que aconteceu. Logo após, Nok saiu do banheiro e Traik o seguiu até a pista do aeroporto. Os dois foram para o galpão onde as naves estavam. Nesse momento, Nok percebeu que sua espaçonave não estava mais lá e disse através de telepatia:

— Raike deve ter usado meu veículo para sair da nave-mãe.

Em seguida, Traik falou telepaticamente:

— Vamos para a delegacia de polícia. Nós devemos denunciá-lo. Ele tem que pagar por isso.

Em seguida, ambos se retiraram do aeroporto. Os dois chegaram a uma sala da nave mãe onde havia policiais virkonianos. O local era parecido com uma delegacia de polícia da Terra. Os dois se aproximaram de um delegado chamado Zectron que estava sentado à mesa. Nok falou por telepatia:

— Chefe Zectron, eu quero denunciar alguém.

O delegado era um virkoniano mestiço e parecia ser um humano de 60 anos. Todos os que estavam naquela delegacia eram mestiços exceto Nok.

— Diga. O que aconteceu?— perguntou Zectron, o chefe de polícia.

— Eu estava descansando em uma das naves espaciais no aeroporto quando Raike adentrou no meu veículo sem minha autorização e me deu um golpe na cabeça. Em seguida, fui amarrado. Raike me deixou no banheiro do aeroporto. Veja o que ele fez na minha cabeça — disse Nok por telepatia.

Nesse momento, Nok apontou seu dedo indicador para a sua testa que estava machucada.

— Por que Raike faria isso com você?— perguntou Zectron.

— Ele queria se apossar da nave onde eu me encontrava. Quando voltei à pista do aeroporto, o meu veículo não estava mais lá. Suponho que ele usou minha espaçonave para fugir da nave-mãe — respondeu Nok, telepaticamente.

Traik notou que ele tinha a chance de destruir Raike de uma vez por todas com palavras ácidas naquele momento. De repente, Traik falou em voz alta:

— Senhor, eu quero denunciar outro crime de Raike.

— O que ele fez além de nocautear um piloto?— indagou Zectron

— Raike namora uma terráquea — respondeu Traik.

Os virkonianos que estavam perto dele ficaram em choque. Uma mulher virkoniana mestiça parou de digitar no computador e olhou para Traik que disse em seguida:

— Estou falando a verdade, delegado. Certamente, aquele patife se apossou do veículo para poder se encontrar com a humana. Ele está viajando para a Terra nesse momento.

— Como você sabe disso? Ele te contou?— perguntou Zectron, surpreso.

— Raike não me disse. Eu o vi beijar uma terráquea. Um dia, eu o procurei em uma floresta na Terra. Encontrei a nave dele, mas Raike não estava dentro dela. Comecei a andar nas redondezas até que cheguei perto de um penhasco. Nesse instante, eu os vi. Raike estava beijando a humana na boca. Depois, ele começou a falar palavras como eu sempre te amarei, você é linda e outras. Enfim, ele está namorando uma humana. Os dois estavam juntos como um casal de apaixonados — respondeu Traik sarcasticamente.

Mundos distantesWhere stories live. Discover now