Capítulo - 42

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Nívia estava sentada na janela da sala de estar. Eram 20 horas e 30 minutos de uma noite de terça-feira. Chovia naquele momento. O aparelho de som que havia na sala tocava a música Moonlight Sonata, de Beethoven.

A solitária mulher olhava em direção a floresta escura. De repente, ela começou a se lembrar de uma época do passado onde ela tinha 13 anos de idade. Naquela época, Nívia usava óculos de grau, tinha espinhas no rosto e usava aparelhos ortodônticos. Ela não tinha uma aparência tão agradável como as outras garotas da escola. A menina Nívia estava sentada a mesa do refeitório de uma escola. O local estava repleto de adolescentes. Havia um murmúrio no local. Ela viu um garoto entrar no refeitório. Ele pegou o prato da cantina e se sentou a mesa. Nesse momento, a menina se levantou com seu prato e começou a andar em direção ao garoto. Ela se aproximou dele e falou sorrindo:

— Oi, Maurício. Posso me sentar aqui?

Nívia era apaixonada por aquele garoto naquele tempo e tentava se aproximar dele quando tinha oportunidade. Maurício tinha 13 anos assim como Nívia. Ele não era bonito e nem feio.

O menino olhou para ela e fez uma careta de nojo. A garota parou de sorrir. Em seguida, ele se levantou e se sentou em outro local bem longe de Nívia. Ela se sentou a mesa e começou a mexer o macarrão com o garfo.

Depois de alguns segundos, duas meninas muito bonitas entraram no refeitório, pegaram seus pratos na cantina e se sentaram. Maurício se levantou e se sentou ao lado das duas meninas assim que ele as viu. Ele começou a flertar com ambas. Nívia olhou para ele nesse momento e se sentiu um lixo.

A lembrança parou nesse instante. Nívia se levantou da janela da sala de sua casa e desligou o aparelho de som. Em seguida, ela foi para seu quarto. 

Mundos distantesWhere stories live. Discover now