Capítulo 68

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Um carro preto estacionou em frente à casa da família de Laura. Demétrio, o dono do supermercado Martins Comércio e Importação, desceu do automóvel e bateu na porta da casa. Depois de alguns segundos, a amante dele o atendeu. Ele disse, sorrindo:

— Vamos, minha doçura.

Laura disse sem sorrir:

— Vamos, Demétrio.

Ela saiu da casa e fechou a porta. Em seguida, ambos entraram no carro e partiram do local.

Após alguns minutos, eles chegaram em frente ao motel de luxo. O dono do supermercado estacionou o carro em um local ao lado do motel e os dois desceram do automóvel. Ambos entraram na pousada. Chegando lá, Demétrio pagou à recepcionista. Em seguida, o casal foi para o quarto reservado. Quando entraram no aposento, o amante de Laura começou a beijá-la na boca e desabotoar o vestido de sua amada. Depois de alguns minutos, ele deslizou a roupa de sua parceira. O vestido dela caiu no chão. Ele a ergueu nos braços e deixou sua amante sobre a cama. Logo após, Demétrio se despiu. Em seguida, ele retirou as roupas íntimas dela. Ambos ficaram nus. O amante se inclinou sobre ela. As mãos dele agarraram os dois seios de Laura. Nesse momento, ele começou a possui-la. Demétrio olhava para o rosto dela como um predador observa a presa. Em um momento, ela disse:

— Tenho algo para te contar.

— Diga.

— Estou grávida.

O tesão acabou naquele momento. O homem saiu de cima de sua amante e se sentou na beira da cama. O semblante dele mudou bruscamente. Ele tinha um olhar de horror desde o instante em que ela falou sobre a gravidez. Laura se sentou na cama e disse olhando para os olhos de seu mante:

— Eu senti sintomas de gravidez há alguns dias. O teste de farmácia e os exames médicos confirmaram minhas suspeitas.

— Isso só pode ser uma piada.

— Isso não é uma brincadeira. É verdade.

— Você está louca, Laura? Eu lhe disse várias vezes que não quero outro filho. Pensei que você tomava medidas para evitar uma gravidez.

— A culpa não é só minha. Você também é responsável por essa gravidez.

— Merda! Eu não vou pagar pensão para um filho que nasceu fora do casamento. Aliás, nosso caso acaba agora. Não quero mais nada contigo. Estou terminando tudo entre nós. Você vai criar esse bebê sozinha, pois eu não lhe darei nenhum subsídio. Eu não vou registrar essa criança.

Nesse momento, ela ficou indignada. O homem se levantou da cama e pegou as suas roupas que estavam jogadas no chão do quarto. Enquanto ele se vestia, a jovem falou:

— Você é um crápula. Como pode me abandonar justamente nesse momento. Por acaso todas as tuas juras de amor eram mentiras?

— Eu só queria me divertir com você. Menti quando falei que te amava. Porém, a brincadeira acaba agora.

— Seu monstro!

— Não quero ser motivo de chacota por ter tido um filho com uma mulher pobre que vive em um gueto miserável. Se meus amigos souberem disso, eles nunca mais vão me respeitar. Tenho que zelar pela minha reputação.

— Eu não mereço ter um filho teu, pois sou de origem humilde. Minha nossa. Você não presta.

Nesse momento, ele terminou de se vestir e foi embora do quarto. A ex-amante do dono do supermercado Martins Comércio e Importação chorou no quarto durante vários minutos. Logo após, ela se vestiu e saiu do motel.

Mundos distantesWhere stories live. Discover now