Capítulo 15

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- Eu não acredito que você ta aqui! – Falou me olhando encantado.

- Eu vim de mochila, tem vaga pra mim nessa cama? – Pedi com uma cara convincente.

- Minha nossa, é claro que tem! – Me pegou pela cintura e nos beijamos – Vem, entra – Me abraçou depois de fechar a porta – Tô muito feliz que você ta aqui!

- Eu também – Falei sentindo meu coração acelerado, era aquilo que eu queria!

*

- Olha quem tá aqui!! – Tomás disse me dando a mão e indo em direção à mesa, eles estavam almoçando, Marré também estava junto.

- Mas olha só gente – A negra disse já me fazendo sorrir.

- Ah que querido – Val disse virando e me olhando.

- Chegou na hora certa, acabamos de sentar pra comer, na verdade estamos fazendo isso o dia todo – Petro disse levantando e me abraçou – Feliz natal querido, seja muito bem vindo, como está?

- Estou bem, obrigado, feliz natal – Falei abraçando o homem.

- Querido, feliz natal, tudo de bom pra ti, como foi de festa? – A mulher me perguntou depois de me dar um beijo em cada bochecha.

- Feliz natal, foi bem legal, e vocês, Como passaram? – Perguntei indo falar com Marré que não estava com seu uniforme.

- Passamos bem, sempre vamos pra casa da minha irmã do meio – A loira falou sorridente enquanto sentava novamente.

- Ah que bom – Falei e abracei Marré – Feliz natal, tudo de bom!

- Ah ságaroto, feliz natal, muito amor, tudo de bom você já é, que continue lindo assim! – Ela disse me dando dois gostosos beijos na bochecha enquanto segurava meu rosto com carinho, fofa.

- Adorei a roupa, linda – Elogiei o vestido longo estampado que a mulher usava.

- Obrigado, agradecida! – Sorriu.

- Hoje temos dois convidados especiais – Petro falou me apontando a cadeira pra eu sentar, quando vi Marré já tinha saído da cadeira da frente da patroa, deixando o lugar pra mim, assim ficava do lado do loiro, olhei pra cozinheira e ela sorriu.

- Que dois seu Pê? Quem mais que vem, já me diga que coloco mais um prato – A mulher já estava levantando.

- A senhora mesmo – Tomás falou e a mãe concordou.

- Ah, vocês estão demais hoje – Ela sentou novamente.

- Adorei ter Marré com a gente hoje na mesa – Falei olhando pra mulher que sorria.

- No natal não deixamos ela ficar sozinha, seria péssimo, de mau tom e até antiético todos nós comemorando o natal aqui na mesa e ela não estar junto, se o natal é união todos temos que estar juntos não é? – Val disse me olhando e concordei.

- Aqui em casa no decorrer do dia vinte e cinco é assim Filipe, a mesa fica com comida o dia todo, vamos comendo o que der vontade enquanto conversamos, rimos, jogamos carta, vemos filme juntos, é um dia que a gente gosta de passar junto, é mais gostoso do que a própria virada de vinte e quatro pra vinte e cinco – O pai de Tomás falou.

Realmente, tinham várias coisas na mesa, umas típicas de natal como rabanada que Tomás adorava e outras mais comuns como macarrão, salada, parecia ter umas lascas de peixe, várias coisas. Comemos e depois ficamos na mesa, rindo e conversando, estava sendo muito divertido, ainda mais por ter Marré ali.

Ela ficava mais comportada na presença dos patrões, mas nada que mudasse seu jeito único, achei muito legal tê-la ali, mostrava o quanto eles eram humildes e queridos, era nítida a felicidade da mulher por estar com a gente, mesmo eles dizendo que todo ano era um sacrifício convencê-la a participar das festas, seja lá quais fossem, aquilo também acontecia quando saiam pra comemorar os aniversários, datas comemorativas, ou coisas importantes, mas no final ela sempre ia.

DE AMIGO PARA NAMORADO - SurpresasWhere stories live. Discover now