ASTER • jjk + pjm

01 | Viola

Notas Iniciais

Meu Deus, tô nervosa sdkjhf minha primeira história dentro da categoria yaoi e eu tô o quê? Surtando.

Capítulos intercalados entre o ponto de vista do Jungkook e do Jimin, iniciando com o nosso querido coelhinho.

Boa leitura! Espero que gostem e que deixem comentários (isso me motivaria bastante hehe)

• Edit (26/07/2019): atualização da mídia do capítulo para o novo padrão de design;

• Edit (28/07/2019): correção geral de erros encontrados com o tempo.

• Edit (06/03/2020): correção geral de erros encontrados com o tempo.

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O mundo é uma escuridão pontilhada de roxo e vermelho, com cheiro de suor, álcool e fumaça. Névoas cinzentas de cigarro sobem pelo ar e espalham-se por todo o ambiente, afetando a visão de todas as pessoas que estão por perto. A música excessivamente alta explode em meus ouvidos, quase estourando os tímpanos, e eu sorrio para as meninas que estão dançando perto de nossa mesa. Todos nós percebemos o momento em que as quatro garotas, evidentemente novas demais para estarem aqui legalmente, aproximaram-se com os olhos recheados de segundas intenções. Não consigo analisar a aparência delas apropriadamente, tanto por conta da pouca iluminação como pela maquiagem exagerada que cobre o rosto de todas elas: consigo apenas identificar quatro pares de olhos escuros demais, como botões inteiramente negros.

Dou um gole na mistura que está em meu copo e sinto a queimação no esôfago à medida que o líquido desce até meu estômago. É uma bebida horrível, mas, mesmo assim, permaneço com o copo na mão. Até o pior dos álcoois é melhor do que álcool nenhum.

Especialmente em um dia como esse.

— Por que não vai até lá? — posso ouvir a voz abafada de Namjoon ao meu lado, quase inaudível. — Elas dariam tudo pra ter você agora. E quando eu digo tudo, acredite, eu quero dizer tudo mesmo.

Uma marca funda em sua bochecha esquerda aparece quando ele sorri. Consigo ver por trás do brilho infantil de seus olhos a aposta silenciosa que está sendo lançada, mas não pretendo morder a isca. Não estou no clima desses joguinhos e, além disso, nenhuma das quatro garotas me parece valer o esforço de levantar do sofá.

— Elas podem me dar tudo e mais um pouco e, ainda assim, não seria o suficiente — digo, sem paciência. — Tenho mais o que fazer do que ficar de conversinha fiada.

Sinto o peso do olhar sobre mim, mas não consigo dar atenção a isso quando minha mente insiste em continuar reproduzindo a mesma cena, ininterruptamente, como forma de tortura. Apesar dos infinitos estímulos existentes ao meu redor, das luzes coloridas, da música, das pessoas e dos gritos, é como se eu estivesse completamente imerso em uma água cristalina que torna tudo distante, inalcançável. Os olhos caídos ainda parecem me encarar, úmidos, enquanto as palavras me atingem como flechas pontiagudas:

— Arrume suas malas — foi o que meu pai falou, algumas horas atrás.

Eu o encarei com uma confusão evidente no olhar, mas, logo depois, cedendo ao impulso de dar risada.

— O que foi? — perguntei, debochado. — Você resolveu me levar pra tirar umas férias?

— Com que dinheiro? — ele retrucou, com o que parecia uma espécie de rugido. Seu maxilar estava mexendo por baixo da pele à medida que apertava os dentes com força. — Como você quer que eu pense em tirar férias, Jungkook, se nós não temos dinheiro nem para manter a nossa própria casa?