ASTER • jjk + pjm

20 | Arctium

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É uma sensação quente, quase anestesiante. Em certo momento, começo a acreditar que realmente seja.

Consigo sentir o suor no corpo quente de Jimin quando deito sobre ele, seus gemidos tornando-se mais descompassados em meu ouvido à medida que ele abraça meu pescoço com força, as pernas ao redor da minha cintura. A sensação de estar dentro dele é gostosa, mas penso na possibilidade de me sentir assim apenas porque meu coração grita por ele e não por ser realmente prazeroso. Na verdade, não sei mais se eu sinto prazer algum.

Estou sentindo dor.

Meu pênis está sensível demais e Jimin está começando a ficar mais contraído, de um jeito que me faz espremer os olhos e morder o lábio inferior toda vez que deslizo dentro dele. Não quero lhe dizer que estou sentindo dor, ainda mais quando sua voz entra em meus ouvidos e faz minha mente ficar enevoada de paixão; estou tão concentrado em não brochar que percebo tarde demais que as unhas curtas de Jimin estão enfiadas na pele de meus ombros.

— Jungkook... — ele choraminga e eu diminuo meus movimentos, afastando meu rosto de seu pescoço. A vermelhidão viva de sua face desce até o pescoço, tingindo a pele outrora clara. — Desculpa... desculpa mesmo... mas será que a gente pode parar? Está doendo de novo... eu pensei que não ia mais doer, porque estava bom antes, mas... realmente está doendo... desculpa...

Eu paro completamente de me mover.

— Eu estava indo muito rápido? — pergunto, apesar de saber que não estava. — Eu te machuquei?

Ele balança a cabeça.

— Não é isso — diz ele, passando as mãos pelo meu rosto, limpando o suor. — Só está doendo. Desculpa...

— Não peça desculpas.

— Mas eu não queria interromper... você ainda nem gozou...

— Começou a doer pra mim também — admito com sinceridade, antes que ele se sinta culpado de alguma coisa. — Está tudo bem, eu também acho melhor pararmos.

— Mesmo?

— Sim, acho que estava apertado demais, eu não sei. Eu estou com uma sensação esquisita e está ardendo bastante.

— Desculpa, queria que tivesse sido melhor.

— Foi bom, lindo. É sério. A situação é a mesma pra nós dois — beijo a ponta de seu nariz. — Vamos com calma, certo?

Jimin sorri e inclina a cabeça para beijar minha boca, mas eu acabo sorrindo antes que ele consiga aprofundar o beijo. Sinto algo bom no peito.

Saio de dentro dele com cautela e nós dois fazemos caretas de dor, rindo em seguida.

— Somos péssimos — ele murmura.

Eu dou risada.

— Ah, tá doendo pra caralho — murmuro com descontração, sentindo meu pênis latejar e abandonar a ereção pouco tempo depois de eu me afastar de Jimin.

— Eu que digo isso — ele resmunga.

Eu rio novamente.

— Vamos fingir que foi a melhor transa das nossas vidas, certo? — pergunto, fazendo-o gargalhar. — Incrível. Feitos um para o outro.

— Eu não tenho nem opção, já que foi a minha única.

Beijo a boca dele com delicadeza.

— Queria ter feito você se sentir melhor.