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04 | Iberis

Notas Iniciais

Peço desculpa por sempre demorar, mas acho que minha forma de escrever é meio chata para algumas pessoas e eu fico insegura por não saber se tem alguém lendo meus capítulos, já que minha irmã é a única comentando. Mas eu resolvi deixar de ser besta e tentar focar mais no número de visualizações do que nos comentários. Espero que gostem desse capítulo, novamente na visão do meu pitiquinho.

• Edit (30/06/2019): avisos adicionados no início da história;

• Edit (05/07/2019) e (06/07/2019): correção geral de erros encontrados com o tempo;

• Edit (26/07/2019): atualização da mídia do capítulo para o novo padrão de design;

• Edit (31/07/2019): correção do capítulo e mudança na cronologia.

✿

Minhas costas doem.

Ele me cobre quase que por inteiro quando está deitado sobre mim, tamanha diferença de estatura que existe entre nós.

— Ai — eu deixo escapar. — Jungkook? É você?

O cheiro do álcool é enjoativo, ainda mais quando ele aproxima o rosto do meu em busca de conferir minha identidade. Essa é a deixa para que minha visão também se adapte melhor à escuridão da cozinha e a pessoa que vejo diante de mim, mesmo já sabendo que é realmente Jungkook apesar de ele não ter dito nada, é completamente diferente daquela que vi mais cedo.

— Meu Deus — eu digo em um sussurro. O cheiro dele é realmente horrível. — Que tipo de bebida você usou para se embebedar desse jeito? Você tá fedendo.

Não sei por que eu perguntei isso e nem como tive coragem de falar algo tão grosseiro, mas aqui estou eu, abrindo a boca para dizer algo completamente fora do meu normal (pela terceira vez), quando a verdade é que eu deveria estar correndo para longe dessa pessoa. Mesmo que eu não tenha conferido o horário quando resolvi descer para pegar um copo de água, eu tenho plena consciência de que já passa das duas horas da manhã. O que ele estava fazendo até agora? Como se machucou tanto apenas nesse período de tempo? Em que tipo de confusão ele costuma se meter? Como voltou para casa após beber tanto?

Depois de alguns segundos em silêncio, encarando-me com uma expressão indecifrável, eu posso sentir o hálito de Jungkook em meu rosto ao passo que ele sorri. O som baixo e grave de sua risada não dura muito, pois, logo em seguida, seu rosto se contrai em uma expressão de dor e incômodo.

— Você insiste em fazer perguntas que eu não tô esperando — diz ele por fim.

Com gemidos de sofrimento, o homem grande coberto de hematomas se contorce para longe de mim.

Ah, é.

Por um momento eu havia esquecido que estávamos nessa situação constrangedora.

Sinto meu rosto esquentar e as bochechas formigarem, e agradeço aos céus por estar escuro o suficiente para que ele não perceba minha vermelhidão.

— Onde você estava?

— Isso não é da sua conta — ele responde com grosseria.

— Como você se machucou assim? — eu mudo a pergunta, apontando para o inchaço em seu rosto.

— Isso também não é da sua conta.

— Você faz parte de uma gangue? Aqueles seus amigos são seus comparsas?