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08 | Begonia

Notas Iniciais

Ei, você aí que abriu esse capítulo agora, o que acha de apertar na estrelinha e ajudar uma garota carente a ficar mais feliz? Vota no capítulo por mim, porque eu prometo que vai ser fofinho, pô.

Isso à parte, quero deixar aqui o meu MUITO obrigada por todos os comentários e leituras até então, gente. Eu amo cada interaçãozinha e cada um de vocês que estão se dispondo a ler algo que eu tanto amo escrever. Mesmo.

E desculpa a demora para postar. Eu perco a noção quando tô de férias e troco o dia pela noite facinho kaka rindo de nervoso

• Edit (26/07/2019): atualização da mídia do capítulo para o novo padrão de design;

• Edit (02/08/2019): correção geral do capítulo.

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Não sei dizer por quanto tempo Jungkook chorou naquela noite nem o real motivo para aquelas lágrimas, porque apesar de eu querer acreditar que a razão daquilo tudo estava na conversa que ele teve com Youngsoo, o desespero transmitido através das lágrimas e dos soluços dizia que havia muito mais por trás de tanta dor. Foi por isso que, sem dizer nada, eu permiti a mim mesmo de aproximar minha mão de sua cabeça e, desse jeito tímido e um pouco desajeitado, acariciei seu cabelo por tanto tempo, enquanto suas mãos cobriam o rosto e seus ombros tremiam com os pequenos espasmos que Jungkook deixava escapar.

Depois do que pareceram horas e as lágrimas de Jungkook já não conseguirem mais sair, nós dois fomos para os nossos quartos sem falar mais nada. Eu não costumo demorar para dormir, mas eu revirei na cama por várias horas naquele dia, porque toda vez que fechava as pálpebras, conseguia ver dois grandes olhos brilhando em meio a uma risada triste.

Eu acordo no dia seguinte com o ar gélido da manhã entrando no meu quarto, fazendo todo o meu corpo estremecer. Eu nunca esqueço de fechar a janela, mas, de alguma forma, o que aconteceu ontem fez com que eu perdesse um pouco a noção dos acontecimentos ao meu redor e agora posso ver o tecido fino da cortina esvoaçar para dentro do quarto, com os raios frios da manhã entrando e atingindo o meu rosto. Fico deitado por, pelo menos, mais quinze minutos antes de finalmente levantar.

Quando termino de organizar tudo, limpar as superfícies dos cômodos e passar álcool na pia do banheiro, saio do quarto sentindo-me ansioso com a possibilidade de encontrar Jungkook. Estou acostumado com minhas rotinas matinais, então não costumo levar mais do que cinquenta minutos para estar completamente pronto, entretanto, dessa vez, prolonguei minhas ações com o máximo de calma possível, buscando diminuir as chances de encontrá-lo por aqui.

Não faço ideia de como vou encará-lo, se devo agir como alguém que sabe de algum segredo íntimo ou como uma pessoa desconhecida que só está passando para dar um oi. Não sei nem se devo cumprimentá-lo. Argh! Se antes já estava difícil olhar em sua direção por conta da neblina densa que oculta quase todas as minhas memórias de sexta-feira, agora parece impossível.

Respiro fundo, ajeito minha roupa uma última vez e saio do quarto. Silêncio. Espero alguns segundos e só me permito descer até o primeiro andar, quando tenho total certeza de que não tem ninguém vindo do terceiro. Repreendo-me por ficar tão nervoso com a mera possibilidade de encontrar Jungkook, sendo que ele nunca está acordado tão cedo de manhã. As chances são mínimas.

Estou surtando sem motivo algum.

Quando chego no primeiro andar, meus pais e Youngsoo estão sentados ao redor da mesa de vidro; os homens conversando em um tom baixo e minha mãe evidentemente desconfortável, sentada em seu lugar isolado. Encaro Youngsoo por alguns segundos, tentando pensar em que tipo de conflito ele e Jungkook poderiam ter tido para que o garoto odiasse tanto assim o próprio pai. Nada do que penso parece plausível para tamanha aversão.