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Cecília

Quando chegamos na fortaleza de Gian Tolentino foi difícil não ficar assustada com o tamanho do lugar, era uma fortaleza cheia de homens enquanto Camilo apenas estava acompanhado de mim, Luana e cinco seguranças. Ao entrarmos dentro da mansão dele notamos a quantidade de mulheres nuas e até mesmo havia alguns casais tendo relações sexuais pelos cantos do lugar, era uma festa regada a muita bebida, drogas e sexo mas tanto eu como Luana permanecíamos sérias representando nosso papel ao lado de Camilo que não perdia a oportunidade de aproveitar disso para passar sua mão em nós.

Um homem relativamente jovem veio em nossa direção com uma mulher ao seu lado, ela estava visivelmente drogada enquanto o homem beijava seu pescoço mas assim que ele nos viu parou na hora olhando para mim e para Luana com desejo.

– Fico feliz que tenha aceitado meu convite, Camilo, vejo que veio bem acompanhado, quem são essas vagabundas?

– Gian, aceitei seu convite por falta de opção já que explodiu o galpão que armazenava as drogas que iria vender aos Albertini!  Não posso ficar no prejuízo, não é mesmo? E sobre essas piranhas que estão comigo, não é da sua conta. Elas são minhas portanto continue com suas putinhas de beira de estrada.

Notei como Gian ficou incomodado com o jeito que Camilo respondeu à ele, estávamos no caminho certo.

– Tudo bem, imagino que vamos poder fazer um acordo justo melhor do que fez com Bernardino e aquela família desgraçada!

– Isso nós veremos!

Gian começou a beijar a mulher ao seu lado como um louco imagino que ele também esteja drogado, isso é excelente. Sem suas faculdades mentais perfeitas será maravilhoso para nós.

– Se puder me acompanhar até meu escritório, podemos conversar melhor!

– Não! Acha que sou burro? Você não é de confiança, italiano, se tiver que falar ou negociar algo comigo faça aqui na frente de todos. Não pense porque estou aqui esqueci do que fez, bons homens meus morreram portanto não irei com você à lugar algum.

Camilo não parava de alisar minha coxa enquanto mostrava para Gian que não tinha confiança nele, o colombiano claramente está aproveitando da situação para tocar em mim mas vou deixá-lo à vontade, no momento certo ele vai se ver comigo.

– Tudo bem, Camilo, entendo sua desconfiança, podemos conversar aqui então imagino que não tenha nada à esconder das suas “acompanhantes”.

Camilo piscou para mim e Luana como se naquele jeito mostrasse que confiava em nós duas, Gian ficou mais incomodado ainda ao perceber que não tinha à mesma confiança na mulher ao seu lado tanto que fez um sinal para que ela saísse. A intenção era desestabilizar Gian Tolentino com pequenas provocações, o homem não podia ficar fora do controle facilmente, teria que ser em pequenas doses para que até o final da noite não suporte não ter à mim e Luana em sua cama.

– O que tenho à oferecer é total acesso ao meu território além de também ter um mercado internacional forte. Sabe da influência que temos, Camilo!

– Para ser sincero, italiano, acho pouco pelo que perdi, se tivesse noção do meu prejuízo iria oferecer para mim algo melhor como por exemplo metade dos lucros com as vendas das minhas mercadorias, pois até o momento você não falou de lucros apenas de território, isso já tenho com os Albertini, o que quero saber é se com você terei mais lucro pois desde que entrou no meu caminho só tivesse prejuízo atrás de prejuízo.

Gian ficou nervoso na hora enquanto Camilo parecia calmo acariciando a nuca de Luana, que sorria para ele representando bem seu papel mas tenho certeza que por dentro ela quer arrancar a mão dele.

Cecília - Entre o amor e a dor (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora