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Lídia e Saulo

Admirava cada gesto dela sempre esperando ver seu lindo sorriso mesmo que não seja direcionado à mim, bem na minha frente estava a mulher que sempre amei e que nunca vou deixar de amar. Há coisas sobre mim que nunca revelei como o fato de amar Lídia desde de pequena, nunca à vi como uma irmã mais nova em igualdade com Mariana, não, Lídia sempre foi muito mais que isso. Tendo 15 anos não tinha muitas certezas mas de algo eu tinha certeza, Lídia era minha para amar e cuidar, eu saberia esperar, era paciente contando os anos para torná-la minha como sempre sonhei.

Lídia nasceu no mesmo ano que minha irmã, acompanhei cada passo dela enquanto seguia Mariana, por terem a mesma idade a aproximação foi inevitável, as duas rapidamente se tornaram amiguinhas e eu ficava cada vez mais próximo, estava me encantando com sua doçura e inocência, Lídia em pouco tempo se tornou tudo pra mim.

Minha estrelinha era devotada e amorosa, ela dizia à todo momento que me amava e eu adorava ouvir mesmo sabendo que meu amor por ela era diferente. Apenas me dei conta quando percebi como ficar um dia sem ela machucava meu coração à ponto de não querer ficar longe por muito tempo.

Sempre odiei à violência e tudo que vinha junto com ela preferia mil vezes ficar entre minha irmã e minha estrelinha ou até com minha mãe e às outras senhoras da máfia foi quando começaram as especulações sobre minha sexualidade, só era um garoto!

Eu gostava de mulheres e não precisava provar isso mas estávamos em guerra e meu pai não podia admitir um filho gay e frouxo. Uma vez ouvi que o machismo matava mulheres e destruía os homens, não havia frase mais verdadeira nesse mundo.

Sendo filho de um mafioso criado dentro de uma sociedade extremamente machista não havia escapatória, eu teria que virar homem custe, o que custasse. Foi assim que ao invés da iniciação com uma tortura que me faria lembrar a cada momento porque deveria ser fiel à mafia Albertini ou cumprir uma missão arriscada para provar minha lealdade à família tive que provar que era homem. É absurdo ter que mostrar à vários homens que você gosta de mulher mas foi isso que aconteceu.

Nunca havia ficado com uma mulher por um motivo simples: Lídia precisava de mim como um homem bom e puro, eu me guardava para ela pois em minha mente no momento certo eu seria dela e ela seria minha. Tinha o plano traçado para tê-la, era sórdido e sabia disso mas era à única maneira.

Lídia já me amava como amigo com o passar do tempo poderia me amar como homem, com seus 15 anos à faria minha. Perderíamos à virgindade juntos, seria seu primeiro e único, claro que antes a conquistaria e daria tudo que sempre quis assim à faria dependente de mim como era dela mas nada saiu como planejado.

Lembro que diziam: um Albertini não nega uma boa transa, não entendia muito bem o que queriam dizer com aquela frase mas naquela noite entendi, o prostibulo pertencia à família mas não ousava entrar ou pensar em ir, precisava ser fiel à Lídia, o problema é que precisava provar que era homem, que gostava de mulher.

Era delicado demais, ficava perto de meninas e mulheres e estava virando uma bichinha por isso meu pai me colocou num quarto cercado de 30 homens para que eu pudesse provar minha masculinidade para eles. Estava assustado e com medo mas eu fiz, transei com todas as prostitutas que estava naquele quarto, provei que era homem, superei às expectativas não cansando em nenhum momento.

Enfim provando que era a porra de um macho que gostava de mulheres, no começo foi assustador depois comecei a pegar o jeito da coisa, naquele quarto luxuoso do puteiro da família me senti poderoso, o verdadeiro fodedor.

Ao terminar estava suado e cansado, eu havia gozado todas as vezes e não parei para respirar um minuto sequer, meu pai comemorava com os outros enquanto provava como seu filho era homem que não negava fogo.

Cecília - Entre o amor e a dor (Concluído)Where stories live. Discover now