capítulo 14

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Marina 🌻

Hoje foi um dia que eu não cheguei do trabalho muito cansada, e como a Jéssica e a Tati me chamaram pra ir na praça, eu confirmei que ia.

Quando chegamos a Manuela por ser maior pegou na mão do Davi mas quando ela tentou correr ele foi pra trás caindo no chão, nem fez cara de choro, só tentou se levantar eu até ia perto mas a prima levantou ele, então continuei sentada.

Nesse horário a praça tinha muita gente, bastante criança também brincando, e alguns traficantes em grupos por ali também. Mas eles sempre ficavam afastados por estarem usando drogas.

Jéssica: Eu não falei nada, ué. Ele chegou na minha casa do nada eu ia mandar o cara meter o pé?

Tati: Tu gostou, para de ser fazer!

Mari: Ele é casado, o resto tu sabe então nem preciso dizer.- Ela negou com a cabeça.

Jéssica: Separou, e também já faz uns tempos que eu escuto sobre a separação deles. Não foi nada demais, até por que eu sei que mesmo separado ele ainda fica com ela, só dei uns beijinhos e quando ele ficou na vontade eu expulsei da minha casa.

Tati: Pelo menos se der b.o em alguma coisa, ninguém vai apontar e dizer que tu é amante, ele fica com ela mas não é casado como antes.

Mari: Mas vocês sabem que aqui o povo inventa e acrescenta também, por ele ir pra tua casa, geral acha que tá sendo escondido.

Jéssica: Pagar minhas contas ninguém quer.- Fez careta.- não me dá tesão não gente, nem sei porque beijei e deixei ele entrar na minha casa. Não pretendo nunca mais.

Mari: Teu foco agora é o ratinho?

Jéssica: Falando nele, também não me dá tesão, a gente nem ficou naquele dia, ele veio atrás mas eu fugi por que me arrepedi.- Tati riu.

Tati: A verdade é que a Jéssica não gosta de homem nenhum, ninguém tá no ponto pra ela.

Jéssica: Pega ele então amada.

Tati: Casada meu bem! - Mostrou a aliança e eu ri.- mas falando sério agora, nem vale muito a pena, principalmente com esses homens daqui. Eu tive muita sorte que o irmão de vocês nunca foi envolvido com nada.

Jéssica: Só trabalha quem não se garante no crime.

Mari: Nossa mãe ama isso, não é atoa que ele é único filho que ela passa a mão na cabeça até hoje, comigo e com a Jéssica o buraco é mais lá em baixo.

Tatiana riu balançando a cabeça, e nesse momento eu olhei pra onde os meninos estavam brincando, e não vi meu filho muito menos a Manu. Procurei com calma com os olhos, e logo levantei quando vi ela correr na nossa direção.

Mari: Cadê o Davi?

Manu: Não sei tia, eu fui chamar a menina pra brincar com a gente e depois ele sumiu.- Jéssica já se levantou com a Tati, e eu saí na frente.

Manuela é dois anos mais velha que o Davi, então eu nunca colocaria a culpa na menina.

Fui andando sem olhar pra trás, e numa distração de olhar pro lado me bati com alguém e quando olhei vi o Th com o Davi no colo, e o mesmo tinha um algodão doce na mão.

Davi: Olha mamãe.- Falou animado, mostrando o algodão.

Mari: Garoto, você não brinca assim comigo, meu coração não aguenta não, quem te deu?

Th: Ele pediu pô, fica tranquila que aqui na favela ninguém faz maldade com criança! - Balancei a cabeça agradecendo a ele, pegando o meu filho no colo.

Mari: Você não pode pedir as coisas pras pessoas não, ok? Muito feio.- Ele sorriu sapeca.

Th continuou ali parado, eu observei a Jéssica e a Tati ali perto, e quando ia virar pra sair sentir a mão dele no meu braço. Respirei fundo colocando o Davi no chão e a Manu veio perto pegando na mão dele levando o mesmo pra perto das tias, fiz gesto pra elas que balançaram a cabeça indo em direção ao escorregador e olhei novamente pro Thales perguntando o que ele queria.

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Mente Criminosa Where stories live. Discover now