capítulo 43

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Marina ✨

Mari: Por que a porra da porta tava trancada? - Perguntei brava quando ele abriu e entrou com várias sacolas.

Ds: Acha que eu nasci ontem?

Mari: Você não tem o direito de fazer nada disso comigo!

Ds: Agradece, era isso que tu queria, né? Te trouxe pro lugar que tu mais tinha o sonho de conhecer, Salvador.

Mari: Eu queria com o meu filho, você tava incluído nessa meta muito tempo antes de virar um filho da puta.

Ds: Faço de tudo por vocês, pra tu retribuir assim?

Mari: Quando for sair, não tranca porta...- Falei alto e ele me encarou.

Ds: Para de gritar, Marina. Papo reto, nem tô com paciência pra isso não, comprei uns bagulho pra tu fazer mais tarde.

Mari: Faz você, além de prisioneira eu sou tua empregada?

Ds: Tu sabe que eu não sei fazer comida.- Ignorei olhando um pedacinho da praia, hoje tava o maior calor e tinha muita gente.- quando eu te sentir 100% do meu lado eu deixo tu descer.- Encostou no meu ombro, o que me fez sentir nojo e virar empurrando.

Mari: Eu já disse pra você em momento nenhum encostar em mim! - Falei passando pro outro lado do quarto.- eu não suporto ficar perto de você.

Ds: Essa tua raiva vai passar e tu vai perceber que eu sempre fiz e faço de tudo, tu me ama, cara.

Mari: Deixei de amar a muito tempo, e esse amor não vai voltar nunca, tá entendendo? Você matou o meu irmão, eu só consigo te odiar por isso e pelas outras coisas que você fez.

Ds: Não era pra matar, foi pra dar um susto, pra tu perceber que eu não tava de graça, a mensagem também não era nada do que eu queria dizer.

Mari: Eu quero falar com o meu filho.- Falei engolindo no seco, e ele nem disse nada só colocou o celular na cama e eu peguei.- você não tem o número da Jéssica?

Ds: É o mesmo de um ano atrás? - Balancei a cabeça sem olhar.- tá aí.

Fui descendo os vários contatos que tinha até que finalmente achei o número, mas foram várias ligações e ela não atendeu.

Por fim ele tirou o celular de mim e eu bufei passando a mão no rosto, meu celular e chip foi a primeira coisa que ele tirou de mim quando me viu.

Acabei ficando ali calada, já era quase meio dia quando a fome bateu, ele tava deitado assistindo então eu fui direto pra cozinha ou eu fazia alguma coisa, ou morria de fome. Coloquei o arroz no fogo e tirei o frango pra temperar, olhei pra ele que tava com o rosto virado focado na tv, e respirei fundo abrindo o óleo, peguei uma panela bem funda e coloquei tudo após colocar a panela no fogo.

Deixei por mais o menos vinte ou mais minutos esquentando e quando vi que tava bem quente eu peguei e fui andando devagar até ele.

Assim como um lado meu dizia pra não fazer merda, o outro me lembrava de toda a cena e a dor que eu vi minha mãe passar, eu só dei dois passos pra frente e fui de vez virar a panela no rosto dele, mas de alguma forma ele sentiu que eu tava atrás e levantou rápido batendo na minha mão fazendo a panela virar e o óleo quente pegar numa boa parte do braço dele e um pouco no meu pé, o que me fez gritar e cair pra trás derrubando no chão.

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Mente Criminosa Where stories live. Discover now