capítulo 23

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Marina ✨

Acordei de madrugada praticamente, ajeitei as coisas que tinha que resolver com muita dó tirei o Davi da cama e ele fez careta deitando com a cabeça no meu ombro. Chegando na casa da minha mãe coloquei ele na cama, e ela me chamou pra tomar café mas eu neguei avisando que já tinha tomado.

Mari: Imoral ter que enfrentar aquela fila...- Comentei, pegando as sacolas da mesa.

Tânia: Tu vai por que quer, tira o menino da cama essa hora, teu dia de folga pra descansar mas não, prefere ficar sustentando cadeia pra vagabundo. Além de tudo isso tem a fila imensa, tu sabe que cansa, tem que ter disposição pra fazer tudo isso, e pelo jeito tu tem muita.

Mari: Se eu pudesse não entraria lá! - Falei apenas isso, pra não render muito assunto e ter que dar explicaçãoes sobre tudo.

Chegando lá, enfrentei a fila do caralho, parece ser exagero mas não é, não é fila que tu pega em mercado ou em lotérica não, é bagulho grande mesmo.

⏱⏱

Ds: E o meu moleque, como tá? - Perguntou animado.- ele pergunta de mim?

Mari: Tá bem, pergunta muito de você.

Ds: Muita saudade pô, principalmente de tu...- Falou baixo.- eu posso ser o filho da puta que tu tanto fala, mas eu nunca te trai, papo de sujeito homem mermo. Já te perdi e sei que nunca mais vou te ter de novo, tem nem sentido encobrir as parada, tô sendo limpo contigo.

Mari: Pela primeira vez, né. Nunca mesmo? - Ele negou.- parabéns por fazer o mínimo!

Ds: Tu é importante demais na minha vida, teve sempre comigo, não tinha sentido pô! Te trocar por qualquer vagabunda da rua, nosso bagulho parece que não tá sendo mais pra sempre.

Mari: Mas eu quero tentar de novo.- Menti na cara dura, e me deu muito nojo de mim mesma por tá fazendo aquilo.- pelo nosso filho, e principalmente pela gente. Eu fui muito idiota de ter dado aquele fim por ligação enquanto você tava passando por tudo isso aqui, confio em você, quero continuar.

Ds: Eu sabia que tu tava querendo voltar, não tinha sentido ficar fazendo as visitas sem ter nada comigo. Tu nunca decepciona, amor.- Falou felizão.

Infelizmente pra tudo correr certo eu tinha que fingir estar interessada na proposta dele, só assim ele acreditaria que eu realmente queria e de uma vez me contaria tudo, assim eu sairia daqui correndo pra não voltar nunca mais!

Mari: Confia em mim e me conta tudo, eu preciso saber pra me organizar.

Ds: Tu já se imaginou em um lugar, foda? Com tudo do bom pô, esse vai ser o nosso futuro, eu, tu e o Davizinho. Fiz um acordo com uns cara que tão aqui, o chefe tá lá fora livre, e como eu fiz esse pacto ele me fornece várias parada aqui, uma mina que trás tudo, mas se tu quiser pode entrar nessa também.

Mari: Me deixa fora de ter que enfiar as coisas na xota..- Fiz careta, e ele riu negando.

Ds: A mulher que olha as mina antes delas entrarem tá do nosso lado, sempre que a outra chega ela só finge que fez tudo certinho, mas na verdade ela tá passando com droga e vários bagulho.

Mari: Mas você ofereceu alguma coisa pra esse homem te dar tudo isso né?

Ds: Sim pô, em breve tu vai saber.

Mari: Fala, eu tô muito ansiosa...- Continuei mentindo, mas dessa vez eu não sentia repulsa de mim mesma.

Ds: Fiz promessa de não contar, Marina. É bagulho sigiloso demais, na hora certa tu vai saber como vai funciona tudo.

Mari: Você não confia em mim, entendi.- Falei fingindo indignação, e ele me olhou preocupado.- tu me chamou pra te trazer mercadoria e não quer me contar o resto dos bagulhos? Eu sou a mãe do teu filho, não confia em mim?

Ele balançou a cabeça confirmando mas mesmo assim não soltou nada, e eu bufei pra caralho por dentro sentindo ódio por ele não ter contado tudo de uma vez.

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Mente Criminosa Where stories live. Discover now