capítulo 28

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Marina

Acordei de madrugada toda dolorida, sentindo algo bater na minha perna, de início continuei do jeito que estava mas quando ouvi o chorinho do Davi levantei no pulo estranhando.

Davi: Mamãe? - Olhou curioso pro meu lado.

Mari: O que você tem, amor?

Th: Tava saindo e o menor apareceu chorando.- Ela saiu do banheiro, e eu peguei meu celular vendo que era 2h da madrugada.

Davi : Cabeça, dodói.- Voltou a chorar, e toquei no rosto do meu filho percebendo que ele tava quentinho.

Respirei fundo deixando ele na cama, e andei até o banheiro lavando o meu rosto.

Th: Precisa levar o moleque em algum lugar?

Mari: Não sei se vai ser necessário levar ele no hospital, ou se apenas o remédio que eu dou sempre vai ajudar! - Falei saindo do banheiro, sendo seguida por ele.- você tá sentindo doer em mais algum lugar? Diz pra mamãe.

Ele apontou pra cabeça novamente e eu apenas concordei, respirando fundo. Percebi que a solução era levar ele pro hospital mesmo, então fui trocar de roupa rápido.

Mari: Tem como você levar a gente? Se não tiver como eu juro que não tem problema.- Olhei pra trás após um barulho, vendo ele olhar o chão onde tinha só um pouco de vômito.

Th: Se ajeita aí que eu te espero! - Balancei a cabeça olhando ele sair do quarto.- tô indo buscar o carro.

Peguei o Davi e levei até o banheiro lavando a boca dele, em seguida tirei ele e deixei na cama novamente enquanto pegava a roupa, antes vesti a minha e só depois coloquei a dele.

Prendi meu cabelo de qualquer jeito, peguei os documentos dele na minha bolsa e saí com ele no colo, tentando acalmar o mesmo que chorava baixinho mas mesmo assim foi impossível, então mesmo com ele chorando eu entrei no carro e sentei no banco da frente com ele no colo.

⏱⏱⏱

Eu quase nunca faltava no trabalho, só as vezes por motivos pessoais, minha gerente leva em consideração isso e também o fato de eu estar presente sempre, então mandei mensagem avisando e ela respondeu com o maior carinho e ainda desejou melhoras pro meu filho.

Eles tinham tirado o sangue do Davi com muito custo, e pra minha sorte de ser particular o resultado saiu em algumas horas indicando que tinha sido algo que ele comeu, mas eu não tinha idéia do que era.

Respondi minha mãe depois de várias mensagens dela toda preocupada explicando que ele tava melhor, mas mesmo assim ela não se acalmou em nenhum momento.

Mari: Obrigada por isso.- Falei baixo olhando ele que tava com a cabeça deitada pro lado quase dormindo.- e desculpa por atrapalhar seu sono.

Th: Eu tava lá na hora pô, ia deixar tu com o moleque sem ter ninguém pra levar? Custou nada.- Respondeu baixo também.

Mari: Se você tivesse saído antes eu teria que ir atrás do meu irmão, ele não negaria pelo sobrinho. Mas mesmo assim eu gosto de pedir nada pra ele.

Ele não me deu resposta e assim eu continuei na minha, uns minutos depois a doutora me chamou, me explicou algumas coisas eu confirmei entendendo tudo e ela logo depois liberou o Davi da sala falando que se ele sentisse fome era bom dar alguma coisa pra comer. Fiz a pergunta pra ele, o mesmo respondeu que queria então eu passei no lugar que vendia algumas coisas dentro do hospital, aproveitando pra comer também, tava na maior larica, já o Th não quis nada, mas continuou ali olhando tudo.

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