capítulo 26

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Th 💸

Th: Se tu quiser em nem entro, te espero pela pracinha pra dar tempo tu dar banho no moleque e colocar ele pra dormir.- Falei olhando o Davi entrar na frente, e ela atrás.

Mari: É que eu não queria ter que sair novamente, pra isso eu também teria que deixar o meu filho sozinho, não curto faz isso.

Th: Te espero, faz o que tu acha melhor.

Ela ficou quieta mas quando viu que era a única opção me deixou entrar e eu sentei no sofá que tinha. Marina passou por mim avisando que ia cuidar do menino, eu concordei e fiquei por uns vinte a trinta minutos, foi o tempo que ela deu comida, banho e colocou o Davi pra dormir.

Depois apareceu com cara de cansada mas dessa vez eu nem dei a primeira palavra, esperei ela abrir o bico, e isso custou mais uns minuto.

Mari: Sobre a visita de ontem teve uma coisa que eu não te contei mas não foi por pensar do Ds, nem em mim. E sim no meu filho, eu sei que qualquer outra escolha que ele tenha feito vai cair em cima, não tem o que falar, é a lei do tráfico, só quero que você entenda isso antes.

Th: Tô entendendo.- Balancei a cabeça.

Mari: Eu não queria ter que fazer isso, eu juro que eu pudesse nunca ter me envolvido nesse meio eu não teria feito nenhuma das visitas, minha vida estaria seguindo normalmente e eu não teria que carregar o peso de nada.

Th: Foi mal por ter feito o bagulho lá, única coisa que eu posso fazer é me desculpar contigo, e só depende de tu entender isso, não posso tá fazendo nada pra mudar o que eu fiz, muito menos voltar no tempo.- Falei normal, e ela ficou calada.- tô ligado que o teu medo é contar alguma coisa que foda com a vida dele, mas não tem o que fazer.

Mari: Nada foi feito quando ele tava livre, então as suas teorias de que ele tava te traindo aqui fora não tinha pé nem cabeça. Ele traiu vocês lá dentro, quando por meio de uns homens que também estão presos fez pacto com um chefe que tá livre, em troca de alguns benefícios dentro da cadeia, ele também vai ganhar muito dinheiro, pra voltar pra cá e agir na falsidade contigo, te matando, e dividindo ou dando o comando pra alguém.

Depois de todas as palavras eu só sabia ficar quieto e bater as últimas coisas que ela disse na mente, sempre falei sobre confiança. Andava lado a lado, e ando ainda com muitos, mas sabendo que um ou todos podem se virar contra mim e fazer o maior inferno na minha vida!

É bagulho que não me deixa surpreso, nem nada, nem ia abrir a boca pra dizer que não esperava isso dele, por que na real mermo todo bandido esperto sempre espera a traição de alguém, sendo aliado próximo ou não, já matei muitos que cresceram junto comigo sem ter pena nenhuma, antes eles do que eu, carrego isso comigo.

Th: Eu sei como agir agora, não precisa pisar mais lá dentro, o que tu tinha que fazer já foi feito! - Ela confirmou com a cabeça.- coloca na tua cabeça que com esse plano ele podia te envolver de uma forma pior, pra te levar pro saco junto com ele.

Mari: Eu não quero que o meu filho cresça e descubra que o pai morreu por minha culpa, eu entendo que é o que realmente acontece, mas eu não queria ter que contar que ele morreu por que eu contei. Pra mim podia ser qualquer pessoa, mas eu não queria carregar isso comigo.

Th: Tu só confirmou o que eu imaginava, mesmo que ele não tenha traído a pátria aqui fora, traiu lá dentro, e não mudou porra nenhuma, a culpa não é tua! Nem vou abrir o bico e contar pra geral que tu foi a cagueta, vou dar meus pulos e cortar teu nome disso, te prometi não foi, pô?

Mari: Você não pode contar como vai matar ele lá dentro né? - Neguei.- tudo bem, eu entendo!

Th: Se ele não passou tua ficha pra alguém de lá, ninguém sabe que era tu que fazia as visitas, com ele morto isso nunca vai ser vazado.- Ela concordou comigo.- e se passou alguma coisa e alguém vim pra cima de tu, eu bato no peito e entro no frente, sou sujeito homem caraí, não pago de maluco com promessa não.

Mari: Valeu, sério. Você podia dar as costas e falar que se alguém quisesse me cobrar não tava nem aí, mas cumpriu com o que me prometeu!

Th: Fica suave, nada passa batido.- Ela concordou novamente, me encarando.- agora vai deitar pô, tá toda bêbada aí.

Mari: Não tô.- Segurei no rosto dela, e dei um beijo rápido na boca.- para, caralho.

Th: Só pra ter certeza, tu sóbria me xinga, bêbada ia gostar.- Falei rindo e ela negou.

Mari: Mas eu gostei, mesmo sóbria..- Falou rindo, mas eu ignorei levantando.- eu sei que você quer, sempre quis.

Th: Nunca fui talarico.- Puxei minha mão mas ela continuou segurando.- vou te arrebentar, Marina.

Mari: Só se for na cama, pra eu me arrepender e me xingar depois! - Falou rindo de novo, e eu nem me segurei, sem pensar em nada puxei ela e beijei enquanto puxava o cabelo como ela sempre gostou.

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