ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 2

706 45 40
                                    

— 𝑂 que diabos você está fazendo aqui? – Eu disse e a policial me encarou, com raiva. Nós estávamos parados nos encarando em frente ao elevador.

A maldita policial, estava irritantemente linda. O que me irritou ainda mais do que a presença dela. Os cabelos dela estavam soltos, ondulados e brilhantes caindo sobre o ombro. Ela estava vestindo uma camiseta branca sem mangas justa e com um belo decote em V, com uma jaqueta preta de couro, calça jeans e botas marrons com um salto curto. Tinha pouca maquiagem no rosto, apenas um batom rosado e um pouco de rímel nos cílios longos.

Entendo completamente o porque da burca existir agora...

— Não é da sua conta! – Ela exclamou.

— Ah... então, não veio me prender? Ou apontar a porra de uma arma para mim? – Provoquei.

Assombração dos infernos! Maldita.

— Pare de gritar! Nós estamos em um hospital. Não estamos na droga de um bar, se é que você não percebeu. E não. Eu, infelizmente, não vim prender você. Senhor Evans. O mundo não gira ao seu redor. Espero que saiba disso. – As palavras dela foram carregadas de um raiva, que fez as bochechas e o pescoço dela ficarem vermelhos.

— Bom, pra mim gira ao meu redor, sim. Porque você veio aqui?

— Porque você se importa? Porque se importa com o que eu faço?

— Não me importo. – Retruquei erguendo uma sobrancelha.

— Que bom. Porque eu não tenho obrigação de te responder. – Ela me provocou e eu fechei as mãos em punhos.

— Você é irritante... – Murmurei.

— E você é um canalha! Espero que não tenha se esquecido, que posso te acusar e te prender por assédio e desacato.

— Não posso discordar de você. Sou mesmo um canalha. – Sorri. — Mas, eu não te assediei. Foi um pequeno acidente.

— Ah... claro! A sua boca tocou a minha por acidente, então?

— Sim. Claro! Você acha que eu fiz de propósito? Mais que ultrajante! – Respondi fazendo drama e ela revirou os olhos.

— As pessoas só vão acreditar nisso, quando as cobras criarem pernas e começarem a andar por aí.

— Acho que já começaram, não é? Você está andando e tem pernas... E que pernas... – Olhei para as pernas dela e depois para o rosto dela, que estava ainda mais corado e vermelho de raiva. Sorri maliciosamente.

Porra! Eu sou um canalha. E acho que vou ser preso.

— Se me olhar dessa maneira de novo, ou me insultar... Eu vou...

— Você vai oque? Hein? Vai me matar no meio de um hospital lotado? – Perguntei.

— Tem razão. Tem gente demais... aqui. – O sorriso dela ficou malicioso, porém não de um modo bom. De um modo apavorante.

To fodido!

— O que...? – Ela me emburrou com força e entramos os dois no elevador. — Ah. Já sei a sua tática. Vai me atacar no elevador, não é? Me desculpe, mas não sou o tipo de canalha que traí. Eu posso até ser um canalha mais tenho... honra. Procure outro. Eu não posso. Sei que sou bonito e atraente... E...

— Você é irritante. Arrogante. Babaca. Você é um filho da puta. – Ela gritou.

— Sou mesmo um filho da puta. – Falei e ela bufou de raiva.

A policial que roubou meu coração ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora