A policial que roubou meu coração ✔️

ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 30

𝑺abe quando tudo está muito bem e sempre vem alguém para estragar? É, sei que isso já deve ter acontecido com você. Aconteceu comigo. E eu fiquei paralisado.

Enfim, nós fomos ao apartamento do namorado da minha irmã. Brindamos e tomamos vinho. Taylor não bebeu, pois disse que iria dirigir e eu concordei. Bom, até aí estava tudo só flores e conversas banais. Eu falei do meu trabalho, Cristal da empresa, Taylor da delegacia e Carter de seus hotéis. Tudo ótimo e normal. Só que... a maldita campainha tocou. Maldita, sim!

Os meus olhos se arregalaram quando vi quem entrou na sala. Minha espinha, literalmente, congelou. Era como se o exorcista quisesse me matar. Como se a liga dos assassinos estivesse atrás de mim. Como se o teto caísse na minha cabeça e uma nevasca me atingisse.

Merda! Mais que porra!

— Essa é minha irmã, Georgina! – Carter apresentou.

Georgina me olhou dos pés a cabeça. Infelizmente, havíamos tido algo. Algo que não foi bom, meus caros. Não mesmo. Ela era bonita, ainda é. Loira, olhos azuis e corpo escultural. Nós nos conhecemos em uma balada, eu estava bêbado. Ela era uma barista, eu acho. E tudo entre nós foi rápido demais. Só me lembro de estar no apartamento dela, nós transamos, porém não me lembro muito bem. Se fosse só isso, eu estaria bem em vê-la, mas não foi. A garota me perseguiu. Sim. Você entendeu direito, me perseguiu. Ela invadiu o meu trabalho. Meu apartamento. Deixou bilhetes apaixonados no meu carro. Não adiantava trocar de numero, pois ela sempre me enchia de mensagens e ligações. Eu quase tive que chamar a polícia. E só assim, fingindo ligar para a policial, foi que a maluca largou do meu pé. Ela era uma stalker e fã maluca, eu sei lá. Completamente doida, daquelas pessoas que dão arrepios.

E agora... a maluca está na minha frente sorrindo para mim. 

— Georgina Jordan! – Se apresentou ela, acenando para nós e pegou uma taça de vinho. A cumprimentei com um aceno.

O que eu faço? O que eu faço?

Todos nós nos sentamos em uma mesa, e Carter foi buscar mais vinho junto com a  minha irmã. Eu só queria fugir. Sair gritando.

Taylor me perguntou se estava tudo bem e eu menti, mas ela não acreditou.

— Faz tempo em Brandon... – Sussurrou Georgina passando a mão na minha perna, por debaixo da mesa.

Assediado! Estou sendo assediado! Merda!

Tirei a mão dela da minha perna.
— Tem razão. Mas faz bem pouco tempo... hein? Poderíamos não ter nos visto nunca mais... – Falei. Ela riu e começou a aproximar a cadeira da minha.

O que faço? Não posso fazer um escândalo aqui. Minha irmã vai me matar. Não posso estragar a felicidade dela.

Merda! Mais que mulher do demônio! Vai se fuder! Vá de retro, satanás!

— Está mais bonito do que eu me lembrava... – A desgraçada cantarolou.

Vai se fuder!

Senti vontade de vomitar.

— Charles! – Taylor gritou com raiva e pegou na minha mão. Me virei para ela. Taylor parecia uma leoa. — Georgina, não é? – A maluca ao meu lado arregalou os olhos. — Acho que você deveria tirar as patas do meu namorado, não é, amor? – A voz dela está fria e letal. Georgina a olhou incrédula e engoliu em seco, depois retirou as mãos de cima de mim. Aleluia!