Fazer as pazes com Taylor foi como voltar a ser eu mesmo. Foi como... Respirar novamente sem saber que havia perdido o ar e estava ofegante. Em frente ao meu carro, que estava há algumas quadras da delegacia, eu procurava freneticamente a minha chave, porém ela não estava em lugar nenhum. Maldição! Procurei de novo vasculhando o bolso de trás da minha calça jeans. Será que a chave caiu na lanchonete quando fui pagar a conta? Ou caiu com a minha acrobacia em cima da mesa? Bom... acho que ir à delegacia será mais divertido. Peguei meu celular no bolso da minha calça e liguei para delegacia. Sim. Sim. É claro, que eu tinha o número.
— O que você quer? – Tess disse, assim que atendeu o telefone.
— Conhece o meu número? – Zombei com um toque de malícia. Tess riu ameaçadoramente.
— Você ligou tantas vezes para cá, que... acabei decorando.
— Poderia me ligar, então... quando se sentir entediada. – Provoquei e ouvi um rosnado.
— Só vou dizer uma vez. Eu não sou á Taylor. Então, me deixe em paz. Eu não sou do tipo que vai te prender em uma cela, pois o que farei será muito pior.
— Ameaçando um cidadão inocente. Que feio... – Eu ri.
— TAYLOR A LIGAÇÃO É PRA VOCÊ! – Tess gritou e bateu o telefone com força.
— Taylor... – Sussurrei. — Tay-lor...
— O que você quer? Está com algum problema? – Taylor disse um pouco rápido demais. Talvez ela estivesse pensando em mim...
— Não. Nada demais. – Comecei há andar um pouco e me afastei do meu carro.
— O que você quer, então? – O tom de voz dela era tão calmo, que me perguntei se eu tinha algo a ver com aquilo.
— Perguntar se você já está sentindo a minha falta? – Uma risada baixa.
— Não. Eu acho que não. – A voz dela soou tão leve, que eu queria provocá-la muito mais.
— Certeza? – Franzi as sobrancelhas, mesmo que ela não pudesse me ver, pois eu podia imagina-la me encarando e revirando os olhos.
— Absoluta. – Eu sorri.
— Eu entendi... – Sussurrei. — Você está com medo de demonstrar que sente a minha falta. Seu segredo está seguro. Pode deixar. – Taylor tossiu para impedir uma gargalhada.
— O que aconteceu com o canalha legal? – Perguntou.
— Ele viajou para bem longe... – Murmurei olhando para os meus sapatos.
— Queria ele de volta. Ele era mais legal.
— Então, você me quer? – Rebati.
— Eu não disse isso. – A policial respondeu rápido demais.
Acho que isso é mentira... Você me quer!
— Não se preocupe, não vou dizer isso á ninguém. Talvez eu compre um quadro e emoldure uma foto sua nele com uma legenda em baixo, e a Taylor disse que me quer. Ousada ela, não é? Acho que ela quer conhecer o meu quarto... – Outra risada.
— O que você quer? Tem pessoas que precisam mesmo de ajuda. Não posso ficar ouvindo suas provocações...
Como se você não gostasse de ser provocada...
— Eu preciso de ajuda. Perdi minha chave do carro. Você não quer que um homem indefeso fique por aí, rodando... Indo em direção ao perigo da noite e das ruas de Nova York. Não é?
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A policial que roubou meu coração ✔️
RomanceEle é um fotógrafo. Ela é uma policial. O que poderia dar errado nessa história? Bom, na verdade, quase tudo. Charles Brandon Evans, um fotógrafo que não esconde de ninguém, que é um canalha e não acredita no amor. Nunca acreditou. Bom... até que...