ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 9

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Pense nos filmes e nas novelas, naquelas malditas cenas onde o casal principal está se pegando em algum lugar, e alguém chega para atrapalhar, normalmente alguém conhecido... Pense na vergonha dos personagens e nas risadas depois disso. Eu sinceramente, queria que isso tivesse acontecido comigo e meio que aconteceu, mas não aconteceu. Você já vai entender.

— Acordem! Acordem agora! Meu deus! Taylor. Eu não acredito nisso... – A voz de um homem, que estava muito furioso rugia, enquanto uma fechadura era totalmente destranca ou quebrada.

O que está acontecendo? A minha casa está sendo assaltada...?

Virei o rosto paro lado espantando aquele pesadelo gritante e barulhento. O meu corpo doía, por algum motivo estranho. As minhas costas estavam em algo duro como ferro, era muito gelado. O meu rosto ficou completamente para o lado e eu abracei algo, ou melhor alguém. Senti algo no meu nariz e depois na minha boca. O que era àquilo, eu não sabia, mas pareciam linhas, porém era... cabelo. Tinha algo no meu ombro me fazendo de travesseiro e esse algo, ou alguém, tinha um maravilhoso cheiro de sorvete.

Ouvi passos chegando perto de mim e me espantei. Outro barulho me fez quase pular de susto,  pareciam sinos... Eram chaves chacoalhando.

Abri os olhos e olhei um pouquinho para o lado. Taylor estava ao meu lado e estava me abraçando, enquanto dormia com a cabeça no meu ombro. Nós estavamos no chão.

Como paramos ali e abraçados assim?

Ainda estou na cela. Aquilo não foi um sonho...

— Acordem! Agora! Taylor acorde... – A maldita voz de homem, que eu não conhecia, grasnou novamente. — Não acredito! Não acredito! Não acredito! Porra!

Dei uma batidinha de leve na bochecha de Taylor, que me apertou ainda mais contra ela e disse "me deixe", com uma voz sonolenta. Eu sorri olhando para ela e não sabendo em, que ponto da noite acabamos dormindo e nos abraçando. Gostei de estar ali e de ser abraçado por ela, mesmo, que estivéssemos meio ferrados.

— Ei... Taylor! Taylor! – Me levantei segurando Taylor contra mim em um abraço, para que ela não caísse. Fiquei sentado. — Taylor. Acorde. – Falei e ouvi um rosnado alto de fúria atrás de mim.

O homem começou há andar sem parar.

— Evans... – Taylor murmurou. — Evans! — A policial abriu os olhos e os arregalou se afastando de mim. — O que? – Ela olhou para o lado, para o homem, que estava com uma cara de poucos amigos.

Ele era alto, não tão alto como eu. Olhos grandes e pretos, cabelos loiros e um pouco musculoso. O homem, que deve ser um policial, vestia uma camisa cinza escura, calça jeans e botas. E, a cereja do bolo, o idiota estava com um revolver na cintura. Não gostei dele. Nem um pouco.

— Você está bem? – Perguntei para Taylor, pois ela estava completamente paralisada e pálida olhando para o homem ao nosso lado.

A policial se levantou.
— E-eu posso explicar. – Ela disse para o homem, que tentava não me encarar. O loiro fechou as mãos em punhos e bufou de raiva.

Quem é você? Porque está olhando assim para Taylor?

— Explicar? Explicar o que Taylor? Que mais uma vez você me deixou sem notícias? Que mais uma vez, você me deixou na porra de um restaurante a noite inteira? Ou me explicar o que você fazia com esse cara aí...? – O homem gritou apontando o dedo para cara de Taylor, que ficou com os olhos cheios de lágrimas. Não gostei nada do tom, que ele usou com ela.

Idiota!

— Eu... É... – Taylor engoliu em seco. — Não...

— Você o que? Hein? Taylor... Perdeu a língua? Teve uma emergência muito louca no trabalho, que nem podia avisar para o namorado, que no caso, é o otario aqui? Diga. Fale! Não fique muda. – O homem, ou melhor, o filho da puta, falou. — Você não sabe Taylor? Você está oque... Com dor de cabeça? Vai se fazer de a grande vítima? Como se você fosse a pessoa traída aqui?

A policial que roubou meu coração ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora