A policial que roubou meu coração ✔️

ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 46

É engraçado pensar na minha vida. Pensar no que teria acontecido, se eu não tivesse a conhecido. Conhecido aquela maldita policial. A policial que roubou meu coração. A minha vida poderia estar bem. Eu, talvez, estaria bem, se não tivesse a conhecido. Eu poderia fazer o que eu quisesse, mas, infelizmente, não pude e não posso. E seria mentira, eu estar bem, eu não estaria. Ou pelo menos, eu não estaria feliz. Nenhum um pouco feliz.

A Taylor apareceu para mim... Um cara que não acreditava no amor, e que é totalmente canalha. Chegou de mansinho com aqueles malditos olhos e me fez perder o ar. Mas, sinceramente, se inventassem uma máquina do tempo e me oferecessem, bom, eu não mudaria nada. Não mudaria nem uma linha do meu destino. Tudo o que eu passei me levou em direção a Taylor. Se eu pudesse voltar no tempo, voltar ao passado de fato, eu faria tudo da mesma forma. Faria completamente igual. Eu me apaixonaria por ela todas as vezes. Ela é minha melhor amiga e, é a minha melhor e mais linda parte, mesmo que, eu fique exclusivamente lindo pelado. Ah... Vocês me entenderam.

Eu amo a minha policial. Eu trocaria a minha vida pela dela. Pularia de um prédio em chamas para salvá-la. Seria atropelado por uma carroça e me arrastaria sem piscar apenas para ela. 

Imaginei vários finais para minha história. Eu acho meio clichê quando tudo termina em casamento, por isso, decide não me casar... Ainda. Na verdade, Taylor está me enrolando com a data. E... Se eu pudesse jogá-la nas costas e levá-la para uma igreja, eu o faria, mas ela quer um tempo só comigo. Sendo uma solteira e abusando de mim, mesmo que, eu já tenha dito para ela, que sou um homem casto de família, que vai perder a virgindade na noite de núpcias. Ela é feroz e mandona. E ainda, vai me fazer perder completamente a cabeça. Em outra época, eu diria que Taylor me faria ser preso, mas ela já fez isso. Mais vezes do que eu poderia contar. Ela e meu bebê são as melhores coisas da minha vida. São tudo para mim.

Concelho: Se namorar um policial ou uma policial, faça cópias das chaves de todas as algemas e também da tranca da delegacia. Caso você precise fugir da delegacia. Fica a dica.

Mais um concelho: Se a sua namorada estiver grávida, esconda os sabonetes. E durma, durma muito, enquanto pode, pois ela vai te fazer acordar as duas da manhã pra ir comprar um bolo de frutas, e depois um refrigerante de maçã.

*

9 meses depois...

Bom... A coisa mais linda do mundo pra mim, era ver a Taylor e a nossa filha juntas. Eu não conseguia parar de olhar pra elas, as minhas meninas.

Quando a minha filha nasceu, eu pensei que fosse morrer. Literalmente, morrer de amor. Foi algo tão forte e tão puro. Foi doce e até um pouco azul. Pela primeira vez me senti completo duas vezes. Quando coloquei meus olhos nela, a minha pequena Valentina, senti que eu tinha nascido para ser pai dela e deveria passar o resto da minha vida fazendo ela feliz e a protegendo. Ensinando ela a ser um ser humano incrível, como a mãe, porém com outra profissão. Porque ter uma filha policial vai acabar me dando um ataque cardíaco. A Taylor ser policial já me deixa completamente maluco de medo. E você estão cansados de saber disso.

Os olhos da minha bebê são iguais aos meus, porém todo o resto é da Taylor. Elas tem a mesma boca, nariz, e até a sobrancelha. Eu não consigo parar de olhar para elas e me sentir mais e mais sortudo. Tenho certeza que quando ela crescer, vai ser apaixonada por livros, pois Taylor lê todos os contos de fadas que você pode imaginar, todos os dias. E, é simplesmente incrível. Nada pode ser comparado com o amor que sinto por elas. Elas dão sentido para minha vida. Me dão luz e alegria nos meus dias mais sombrios, e todos os dias.

- E viveram feliz para sempre. - Disse a mulher mais linda do mundo, fechando o livro de contos de fadas. Valentina dormia no berço, segurando a orelha de um ursinho de pelúcia azul.

- Mais um felizes para sempre? - Perguntei baixinho, entrando no quarto.

- Esse deve ser o centésimo. - Sussurrou ela pegando em minha cintura.

- Ela adora quando você faz essas vozes engraçadas, deve pensar que é uma baita sortuda por ter uma mãe tão perfeita. - Dei um beijo em sua testa, enquanto ela me abraçava e olhávamos Valentina dormir.

- E um pai tão babão e ciumento...

- Eu não sou ciumento. - Retruquei.

- Você quer proibir a entrada de meninos em casa, e ainda, quer colocar ela para fazer artes marciais. - Taylor me fitou com aqueles olhos lindos e julgadores.

- Isso é pra proteção dela. - Argumentei.

- Acha que eu não ouço, você dizendo para ela dar um soco no primeiro cara que olhar para ela?

- Você ouve? Quer dizer... Que estranho!

- Ouço muito bem ela rindo das suas maluquices e pensando, "Aí de mim, quando eu for arrumar um namorado."

- Só quando ela tiver 30 anos, e eu ainda vou ver toda a ficha dele com a Tess.

- E você acha, que eu não vou ver toda a ficha dele, ou dela?

- Eu já disse que você é a melhor mãe e mulher do mundo todo, senhorita policial?

- Já, mas é sempre bom ouvir.

Saímos do quarto e fechamos a porta devagar.

- Eu já te falei que você está ficando muito convencida?

- A culpa é toda sua! - Retrucou.

- Culpa minha? Hummm... - Dei um beijo em seu pescoço. - Acho que quero ser culpado de outra coisa.

- Vai me explicar que coisas são essas? - Perguntou, tentando não gritar.

- Vou te mostrar.

- Não... - A peguei no colo. - Você não muda, não é?

- Um canalha, sempre será um canalha...

Abri a porta do quarto e a joguei na cama, enquanto tirava a camisa.

- Charles! - Taylor deu um gritinho. - Que cheiro é esse?

Respirei fundo e senti a merda de um cheiro de queimado.

- Porra! O bolo! - Gritei, enquanto saia do quarto correndo.

Nunca faça bolo sem um temporizador.

O bolo não foi salvo. Estava completamente queimado. Depois de jogá-lo completamente fora e ajudar Taylor a limpar a cozinha com Álcool. Me sentei no chão, e eu não consegui me conter e ri.

- Charles... - Ela riu e sentou-se ao meu lado, segurando a minha mão.

- Esse é o décimo bolo que eu queimo essa semana. - Ri mais uma vez.

- Acho que da próxima vez, você não deveria tentar me seduzir.

- Eu, seduzindo você? Que calunia? Eu só queria te fazer uma massagem. Quem fica me seduzindo é você.

- Eu duvido.

- Dúvida por...

- Porque eu estou de roupa. E você não.

- Culpado. Eu vou acabar sendo preso por cometer perjúrio?

Taylor sentou-se em meu colo.
- É uma ótima ideia!

- Sou completamente apaixonado pelas suas ideias... - Cantarolei, enquanto tirava o vestido dela rapidamente.