ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 13

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Meus dentes estavam trincados, enquanto eu encarava Tess, a parceira de Taylor na delegacia. Era a terceira vez, que eu aparecia e pedia o endereço de Taylor, que aparentemente está muito gripada para ir trabalhar. Uma maldita desculpa, eu acho. Será que ela está mesmo tão doente assim? Eu espero que não. Vi Diogo algumas vezes na delegacia, ele não me dirigiu a palavra nenhuma vez, porém o seu olhar raivoso, me dizia, que ele sabia, que eu estava atrás da namorada dele. Se a Taylor está doente, porque esse bastardo não está cuidando dela?

— Eu preciso falar com ela. Por favor... – O olhar da policial, Tess, era uma mistura de gelo e ódio.

Tess era alta, muito alta. Os cabelos era cheios e bem cacheados, em volta de um rosto fino e moreno, com olhos verdes-escuros e firmes. Ela me odeia. Eu posso sentir, só nela olhar para minha cara.

— Você já fez o bastante, não acha? Canalha Evans. Agora saia. Tenho trabalho á fazer. – Ela bateu a mão na mesa em que estava encostada.

— Eu vou vir aqui todos os dias até encontrá-la. Não me importo se um mês ou cinco passarem. Não vou desistir! – Falei.

— Você não vai desistir? – Ela franziu as sobrancelhas. — Vamos conversar lá fora, então.

Segui ela para fora da delegacia, enquanto ela segurava uma garrafa de água.

— Eu só quero pedir desculpas... – Tess jogou água na minha cara. — Que diabos! – Falei limpando o rosto.

— Se você ousar magoar ela de novo. Eu mato você. – A parceria de Taylor me ameaçou, e eu sabia, que ao primeiro sinal de raiva que ela tivesse, eu deveria correr. Correr, muito, rápido...

— Essa camisa é lavada a seco! – Argumentei, mesmo que fosse uma mentira deslavada.

— O que? Você quer me mandar a conta da lavanderia? Acha que me importo com isso? – Bufei de raiva. Com muita relutância e uma ameaça de morte, Tess me passou o endereço de Taylor.

***
Flores, chocolates, vinhos e bilhetes foram mandados para a casa de Taylor. Eu não recebi nenhuma resposta. E eu com certeza não apareci na casa dela. Eu não saberia o que dizer. Eu me sentia um idiota e eu era mesmo um idiota. O caso do assalto na loja, tinha sido praticamente interrompido. Ninguém tinha prova alguma. Nada. E minha irmã estava quase subindo pelas paredes e me batendo. Você é um idiota... ela dizia, sempre que me via, ou me ligava para me xingar. Ja se desculpou? Pare de ser covarde!

Dias passaram mandei uma cesta de guloseimas para Taylor. Com um bilhete.

Querida Taylor,
Eu sei que magoei você. Sei que você me acha um canalha, o que não é mentira, porém eu queria que você me perdoasse. Se você quiser, é claro. Eu sinto muito.

Canalha Evans

***
Depois de quatro dias sem uma resposta ou uma ligação furiosa de Taylor, ou até mesmo ela aparecendo em minha porta para me prender ou atirar em mim... Eu desisti. Não desisti de me desculpar com ela, é claro. Mas desisti de mandar presentes, pois eu sabia, que nem a flor mais linda do mundo ou o chocolate mais caro poderiam dar uma desculpa para minhas palavras. Porque nada do que eu tinha dito, tinha desculpa. Entretanto, apareci na delegacia como de costume, conversei com Tess, que já estava farta da minha presença e recebi a minha resposta. Ela está doente, so vai vir trabalhar quando estiver melhor.

***
Era tarde da noite, eu tinha acabado de sair do trabalho, estava frio e os meus ossos gritaram por um chocolate quente. Entretanto, eu vi uma fachada azul, que dizia Bookstore Dreams, uma livraria. Parei por um segundo olhando para fachada e depois para o vidro da livraria, coberto de livros grandes e pequenos de diversas cores diferentes. Me lembrei de Taylor lendo em um café. Meus pés praticamente não me obedeceram, eles simplesmente andaram e eu abri a porta da livraria e entrei. O cheiro de livros invadi-o o meu nariz e depois outro cheiro... talvez camomila. Eu percorri a livraria, olhei prateleiras, li sinopses. Então, um livro chamou a minha atenção. Julieta, de Anne Fortier.

A policial que roubou meu coração ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora