ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 8

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Sabe nos filmes quando um inocente é preso e todos choram e gritam empurrando os policiais e tentando soltá-lo? É. Isso com toda certeza não aconteceu comigo. Eu meio que fiquei completamente chocado, enquanto Taylor me algemava e me colocava em um carro de polícia. Quando o carro começou a andar eu vi tudo em câmera lenta. Eu não sabia que merda estava acontecendo. Ela havia mesmo me prendido? Isso é serio? Se isso for um sonho, eu quero muito acordar. Cara! Eu queria muito me beliscar, porém com as algemas não tinha jeito.

Porra!

Não acredito nisso! A minha irmã vai me matar e vai dizer, eu te disse para não beber ao volante. Eu disse para não mexer com a Taylor e com qualquer outro policial. Você é um imbecil. Um desgraçado! Vou matar você Charles Brandon Evans. Minha irmã me ridicularizaria por uma década, ou talvez duas.

Maldita Taylor! Maldita policial.

Chegamos na delegacia, Taylor abriu a porta para mim e me puxou para fora do carro. Raiva fervendo nos olhos dela, enquanto me emburrava pela porta de ferro. Eu andava devagar, olhando para cada canto daquele lugar, que eu já conhecia.

Okay. Querem me tachar de vilão? Eu serei o vilão. Se vocês acham,que eu nunca fui preso, eu fui sim. Vandalismo sempre foi a minha cara, então... só talvez eu tenha escrito com um spray palavras tipo: "Vão á merda seus filhos da puta e morte ao diretor quatro olhos", bem no muro da escola, umas quatro vezes, até me pegarem. É, claro, que eu não fui fichado. Eu sabia fazer um ótimo drama e ainda fugir de um hospital. Coloquei isso no meu currículo, quando meu pai disse, que eu deveria ter um emprego de verão aos quinze anos de idade. Engraçado, ninguém me contratou.

A delegacia era totalmente verde, mais não um verde vivo e bonito. Era... bom, parecia que as paredes tinham criado uma vida e vomitado ali. Que merda era aquela? Eu queria morrer antes de ficar em um lugar tão horrível. Quando eu era um deliquente aqui, as paredes eram azuis e pretas. O que tinha acontecido? O governo queria que todos vomitassem na parede e a pintassem com vômito? Meu deus! Eu estou sendo prezo injustamente e ainda estou pensando como um fotógrafo, pensando nas malditas paredes. Que maluco eu sou, hein? Eu nem fumei hoje. Não se engane, eu não fumo. Eu ainda quero viver...

Havia policiais trabalhando fazendo relatórios e besteiras de delegacia, que eu não estava interessado. Eu achava que Taylor, me levaria para um interrogatório, ou sei lá para falar com o delegado. Entretanto, ela me levou para uma sala branca, onde estava a maldita gaiola de ferro.

Não!

Ela abriu a cela com uma chave preta, que tinha um ferro muito enferrujado e uma forma estranha. A maldita policial abriu a minha algema.
— Seu novo quarto. Aproveite... – Ela apontou para a cela e eu entrei.

— Não acredito, que você me prendeu! Você só pode estar muito apaixonada por mim. – Sorri.

— Ah... claro, estou louquinha para ficar presa nessa cela com você! – Ela disse.

— Meu Deus! Taylor? Você não pode prender as pessoas apenas porque as acha atraentes. Isso é doentio. Você deveria ir a um psiquiatra! – Zombei.

— Você deveria ficar quieto, antes que eu mate você. – Ela ameaçou com um sorriso no rosto.

Maldita!

— Eu chamo a polícia. Nós estamos em uma delegacia, mesmo... não é? E eu duvido que você teria coragem. – Eu disse a primeira coisa idiota, que veio na minha mente.

Alguém me dá um tapa? Menos você Taylor...

— Dúvida senhor Evans? Dúvida mesmo?

A policial que roubou meu coração ✔️Where stories live. Discover now