ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 18

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Taylor estava brava comigo, pois eu tinha dito a verdade a Tess, sobre ela não estar nenhum pouco bem para trabalhar. Ela estava melhorando aos poucos da anemia forte, que havia dito por não comer quase nada. Mas, os pesadelos ainda continuavam e estava sendo uma luta para mim e para Senhora Rodrigues fazermos ela comer direito. Ou melhor, comer qualquer coisa. Taylor não estava bem. Nada bem. E ela não queria falar com ninguém. Porém, mesmo que ela me xingasse e batesse todos os dias a porra da porta na minha cara, me rejeitasse... Eu sempre estava lá toda noite para segurar os cabelos dela, enquanto Taylor vomitava sem parar. Eu fazia uma coisa para irritá-la as vezes, eu batia na parede e não parava de bater, até que ela falasse comigo. A policial acabava muito irritada e gritando comigo.

— Taylor é serio.Você precisa comer. – Falei pela décima vez, naquela manhã.

— Eu não estou com fome. – Ela rebateu e cruzou os braços.

— Não está com fome? O que diabos você está fazendo, hein? Alguma dieta maluca! Quer virar uma modelo? – Zombei com muita raiva.

— Não quero comer para depois acabar ficando a noite inteira vomitando as tripas no banheiro. – Ela gritou alto.

— Você quer o que, então? Morrer? Morrer de fome? Você precisa parar com isso. Taylor! – Pedi, ela me encarou furiosa.

— Por você se importa? Porque simplesmente não me deixa em paz? Não arruma outra pessoa para infernizar? Seria bem melhor... – Taylor disse para me fazer perder a paciência.

Taylor era orgulhosa demais, não queria a minha ajuda e nem a ajuda de ninguém. E ela ficava com raiva quando eu tentava ajudar, quando qualquer um tentava ajudar, porém principalmente a mim, que insistia sem parar e sempre, de algo modo, conseguia fazer ela colocar alguma coisa no estômago. Mesmo, que ela reclamasse a noite inteira e tivesse vontade de me bater.

— Porque eu me importo? Porque eu me importo? Você não sabe do que está falando. Não sabe! – Retruquei. — Você não sabe como é ouvir você chorar e ter pesadelos a noite inteira sem poder te ajudar. Eu sei, que as coisas estão ruins. Sei que a vida não está fácil, porém você precisa reagir Taylor. Ver você desse jeito me corta em pedaços. – Falei, e falei muito sério.

— Eu deveria ir embora. Te deixar em paz. Não quero te dar trabalho, mas do que já dou para você. – Ela gritou me olhando com fúria. Rosnei.

— Não, você não vai embora. Eu não vou deixar. – Taylor rosnou e entrou no quarto batendo a porta na minha cara.

— Eu não vou comer! Não adianta insistir e gritar. Não sou um fantoche seu. Não adianta. Você não é meu pai. – Taylor gritou apenas para me irritar.

— Você vai sim. Você vai comer. Nem que eu tenha que te obrigar. – Ameacei e a maldita gritou morrendo de raiva.

Porque é tão difícil falar com essa mulher? Santo Deus!

— Seu idiota! Me deixe em paz. Vá trabalhar!

— Eu te deixaria em paz se você não agisse como uma criança birrenta. – Rebati. Ela gritou e me xingou diversas vezes, pois sabia, que era assim que ela estava agindo, como uma criança birrenta.

— Senhor você está atrasado de novo. – A senhora Rodrigues me avisou. Olhei a hora e suspirei. A minha chefe iria me destruir.

— Senhora Rodrigues. Faça todos os doces que você quiser, e faça essa garota comer. Não saia daqui antes que ela coma. Por favor. Meu celular está ligado. Me ligue se precisar e se essa louca te der trabalho. – Avisei e a senhora Rodrigues assentiu como sempre vazia. E agora, ela não era apenas a minha diarista, ela tinha que vir todos os dias, pois eu não podia deixar Taylor sozinha em casa.

A policial que roubou meu coração ✔️Where stories live. Discover now