ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 26

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As pessoas dizem, que o sol sempre volta a brilhar, mas em alguns casos, ele simplesmente vai embora e decide que não é apropriado voltar. Parte de mim sempre ficaria destruída, mesmo que eu negasse. Ela sabia disso, mas não me diria.

Taylor tinha praticamente me obrigado a ir para o quarto, mesmo que, eu tivesse dito que estava bem. Eu era um maldito mentiroso, ela sabia muito bem disso, já que as minhas lágrimas pareciam não acabar.

Chorando feito uma criança? Jura Charles?

A minha cabeça doía, os meus olhos estavam inchados e ardendo. Eu estava encharcado e ela também. Porém, Taylor não se importava em ficar molhada, ou estar com o cabelo bagunçado. Ela se importava comigo.

Eu simplesmente não quis ficar sozinho e também não conseguiria. Tirei as minhas roupas e joguei no chão. Passei as mãos no cabelo e suspirei. Eu não sabia o que pensar, não sabia como agir.

Entretanto, lá estava ela, tirando as roupas e jogando no chão. Como ela era linda, tanto por dentro, como por fora. Um corpo lindo com algumas cicatrizes de machucados e manchinhas roxas, pois ela vivia batendo as pernas no sofá e na cama. Ela não ficava de sutiã em casa, então estava de top e calcinha, mas não aquelas calcinhas fios dentais... Infelizmente.

Me deitei na cama e olhei para o teto. Tudo ao meu redor parecia girar e aquele turbilhão de emoções e sentimentos estava me matando. Senti o corpo dela se aproximando do meu, seus pés estavam frios como gelo. Me virei de lado e olhei para ela. Taylor beijou meu nariz e me puxou para si, me abraçando, como se eu fosse um menino e tivesse arranhado o joelho.

Ela me envolveu carinhosamente e acariciou as minhas costas, depositando beijos na minha cabeça. Qualquer outra mulher teria fugido de mim ou simplesmente não saberia o que fazer, mas a policial não. Eu sabia que, ela não fugiria. Nunca fugiria de mim. E, Taylor, entre todas as outras pessoas, me entendia como ninguém e não sentia pena de mim.

Eu me abri para ela e falei entre soluços tudo que estava sentindo. Falei da saudade que eu tinha do meu pai, da culpa e do meu ódio mortal pela minha mãe. Taylor me ouviu atentamente, ela beijou a minha bochecha e secou cada uma das minhas lágrimas. Ela estava comigo e era a pessoa mais verdadeira que eu já havia conhecido. Me apaixonar por ela, era fácil. Não me apaixonar seria difícil. E esquecê-la, eu sabia muito que, seria impossível.

Lembrar da minha mãe acabava comigo, pois eu sabia que o meu pai morreu amando ela. Ele amou aquela mulher a vida inteira, nunca conseguiu seguir em frente, mesmo que, ela só estivesse com ele por conta do dinheiro. Ainda me lembro de tudo que ela nos fez. De tudo que aprontou e do fato de que Amélia Rose, nunca se importou com ninguém além de si mesma. Para ela ter dinheiro, carros e bebidas a disposição, com vários amantes era o melhor. Ela nunca me amou de verdade. Nunca me disse algo verdadeiro ou foi uma mãe para mim, que contava histórias, faz lanches, defende com unhas e dentes, e se orgulha.

Por causa da minha mãe, pela falta de afeto que ela sempre teve comigo e com Cristal, eu nunca me senti realmente suficiente para ser amado por uma mulher. Porque a única mulher que queria que... me amasse de verdade e sentisse orgulho de mim, nunca havia se importado. Ela havia me abandonado, nunca ligava ou se preocupava. Ela simplesmente esquecia que tinha filhos. Mesmo quando morávamos na mesma casa, ela parecia estar vivendo em outro planeta. Ela errou com meu pai e me destruiu. Essa é uma grande verdade, que ninguém nunca soube. Eu sempre quis que ela se importasse pelo menos um pouquinho.

No entanto, ela apenas me ligou uma vez para implorar pela minha mesada, pois o meu pai tinha bloqueado o cartão dela, que era dele. Amélia Rose, recebia e recebe até hoje uma boa quantia todo santo mês, mas mesmo assim, vive querendo manipular minha irmã para ter muito mais dinheiro e ter ações na empresa.

A policial que roubou meu coração ✔️Donde viven las historias. Descúbrelo ahora