ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 12

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Você já magoou alguém que não queria magoar? Ja disse coisas que se arrependia, sem ter uma máquina tempo para desfazer aquela ação? Sim. Sim. Ja deve ter feito isso muitas vezes, mesmo sem perceber. As palavras às vezes podem doer bem mais do que um soco no olho. E você tem que prestar atenção para os detalhes e gestos, para não cometer um erro irreparável.

Fiquei na empresa por alguns dias apenas para ficar a par das investigações, mesmo, que os policiais não nos dessem o devido retorno. As pistas sobre o crime eram escassas e os carros, infelizmente, ainda não tinham sido encontrados.

Três dias se passaram fiquei furioso com a falta de informação e queria muito quebrar a cara do policial, que tinha desrespeitado a senhora Bennet. Então, resolvi que queria uma conversa. A secretaria da minha irmã, Tina maicoins, marcou uma reunião para mim com o tal James Valentini. Fiquei ansioso. Fiquei completamente ansioso para falar tudo que estava entalado na minha garganta sobre a maldita investigação, que não dava em nada e no fato, deles ficarem interrogando e amedrontando pessoas boas, ao invés de irem atrás dos verdadeiros bandidos.

Desgraçados!

Tínhamos marcado á reunião para 14:30 da tarde, na empresa. Na sala de reuniões. Fiz questão de chegar adiantado e me sentei virado de costas para a mesa e a porta. Tudo estava silêncioso, eu só podia ouvir o tilintar chato do relógio que me atormentava.

Batidas na porta me informaram, que o idiota James Valentini havia chegado.

Agora vou mostrar a você, o que faço quando estou com raiva!

— Pode entrar. – Falei sem me virar para frente. A porta se abriu. Ouvi passos leves.

— Olá. Você queria me ver? – Me virei na mesma hora.

O que ela está fazendo aqui?

— Taylor. Desculpe, mas a minha reunião é com James Valentini. O que você faz aqui? – Fitei a policial. Olhando para cada detalhe.

O que tinha acontecido com ela?

Taylor estava com as roupas de sempre, mas os olhos dela estavam sem brilho. Cinza, ela estava completamente cinza. A pele estava pálida, havia olheiras roxas em seus olhos, que me pareciam cansados, porém alertas. Fazia um tempo que eu não via ela, mas podia jurar que ela havia perdido peso. As bochechas dela estavam tão... finas.

— Taylor James Valentini. – Ela disse como um sussurro.

Não poderia ser. Ela tinha mesmo tratado a senhora Bennet mal? Intimidado...

Arregalei os olhos.

— Desculpe eu pensei... – Não consegui terminar de falar, pois estava preocupado e impressionado demais com ela.

— Que você era um homem! – Ela disse a minha frase com um sorriso de lado. — É, todos pensam mesmo. Sempre ficam surpresos quando me veem. – Eu não duvida disso. Não duvida porque a beleza da policial surpreenderia a todos, mesmo.

— Tenho certeza que, sim. – Coloquei as mãos na mesa e gesticulei para ela se sentar. Franzindo as sobrancelhas ela se sentou. — Bom, porque não me conta como anda as investigações?

Na verdade, eu queria perguntar como ela estava. Perguntar se ela tinha superado a perda das pessoas, que tinham morrido. Mas, não perguntei. Eu não podia perder o foco. Taylor não poderia me distrair. Entretanto, ela não me parecia bem. Me parecia péssima.

Faça algo que o seu pai faria... eu disse a mim mesmo, enquanto encarava Taylor.

— Estamos fazendo o possível, porém infelizmente as provas são escassas. Eles não eram apenas assaltantes, que foram lá com armas e roubaram. Eles sabiam onde o cofre estava. Eles tinham informações... – Ergui uma sobrancelha.

A policial que roubou meu coração ✔️Donde viven las historias. Descúbrelo ahora