ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 36

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𝑬u estava tirando fotos de todo mundo, com uma câmera antiga que Finn havia me emprestado. Taylor odiava tirar fotos e fazia careta em todas, o que me fazia rir. Mas, eu não iria desistir de tirar uma fotografia descente dela.

— Dá um sorriso... – Murmurei. Taylor revirou os olhos. Do outro lado do campo, Tess deu uma gargalhada. — Um sorriso. Taylor, vai por favor... não seja malvada. Deixa, eu tirar uma foto sua.

— Não quero tirar foto. – Ela fez drama.

— Você podia pensar em... não sei, me dar um soco? – Sugeri. Taylor riu e eu tirei três fotos. — Prontinho. Você deveria tirar mais fotos, a câmera te ama.

— Não vale, como você fez isso? – Questionou.

— Anos de experiências com crianças e animais raivosos. Peguei o jeito. – Provoquei.

A policial fez cara de brava.
— Muito engraçado! – Ela mostrou a língua.

Mostrei as fotos para ela.
— Eu falei que a câmera te ama.

— Só porque eu pensei em te dar um soco...

— Mero detalhe...

Fui até a boia dos cavalos e comecei a tirar mais fotos, enquanto Taylor me dizia o nome de cada um, como se os conhecesse.

— Esse com manchas brancas é o tornado. Ele é feroz. – Disse ela apontando para um cavalo enorme. — Essa ali se chama Sally é uma fêmea, e ela só gosta de ser montada por homens. Principalmente o Levi. Ele vem quase todos os dias para dar uma volta com os cavalos.

Esse cara é pior que chiclete!

— Hummm... – Falei, enquanto limpava a lente da câmera. — Você conhece bem cada cavalo, né? Você não está pensando em virar sheriff e morar aqui? Tipo começar a perseguir bandidos de gado, com um cavalo branco e assustador?

— Não sei, quem sabe? O que eu tenho a perder, não é mesmo?

— Eu. Você vai me perder. E a policia vai perder a melhor deles.

— Vai morrer de saudades de mim, é?

— Eu to sacando o seu jogo. Sua convencida.

— Ah, sabe como é, né? Eu sou um presente que Deus deu a comunidade masculina. Sou um milagre. Um milagre, não. Eu sou o milagre!

Revirei os olhos e dei um risinho.
— Você... não acredito! Você acabou de roubar a minha frase.

Taylor riu.
— Só queria ver a sua cara de tacho. Foi impagável.

— Engraçadinha!

Ela rodopiou e fez um movimento debochado com os ombros. Tirei duas fotos.

— Pode apagar essa foto! – Gritou ela.

— Que foto? – Mostrei a câmera desligada para ela.

— Não brinca comigo. Pode apagar.

— Taylor, você acha que eu tiraria um foto sua sem sua permissão? Que tipo de canalha fotógrafo você acha que eu sou?

— Charles, não brinca comigo...

— Eu não to brincando. Juro. – Franzi as sobrancelhas.

Taylor rosnou e deu um passo para frente.
— Deixa eu ver a câmera...

— Que câmera? – Fiz beicinho e depois sorri.

— Mesmo que você tenha um sorriso lindo. Sorrir para mim não vai adiantar, e muito menos me dobrar. A câmera! Agora!

A policial que roubou meu coração ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora