ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 42

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- 𝑸uer brigar comigo, Charles? - Ela gritou alto novamente.

- Você é que... - Ela me interrompeu.

- Só vou te dar um concelho... Boa sorte! - E ela saiu com as mãos na cintura e pisando forte, como um terremoto ambulante.

Maldita policial!

- Também te adoro, meu amor! - Gritei para provocá-la.

Taylor se virou para mim e me mostrou o dedo do meio, então deu um risinho e gritou alto para que todos escutassem:
- Vai se fuder, Charles Brandon Evans! E se você acha, que eu vou deixar você me comprar um carro, terá que me matar antes, e eu nunca vou assinar nada.

- Você é romântica demais, meu amor. Vou falsificar sua assinatura. - Pisquei.

- Não vai conseguir se estiver sem as mãos... - Ela ameaçou e sorriu, então saiu daquele estúdio gargalhando.

Merda!

- Ei? Ela está mesmo brava porque você quer dar um carro de presente para ela? - Bruno perguntou, enquanto ajeitava o equipamento.

- Sim. Muito brava. Ela está irredutível. Taylor é do contra. Se todas as mulheres do mundo gostariam de ganhar um carro esportivo de presente, Taylor tem que odiar a ideia e me prender em um cela de castigo. - Bruno gargalhou.

Franzi as sobrancelhas.
- O que é? Eu pensei que fosse brincadeira, não é? Ou... espera, ela vai mesmo prender você em uma cela?

- Você dúvida? - Falei. Bruno pensou a respeito.

- Eu duvido que amanhã faça sol, mesmo os meteorologistas terem dito que vai fazer muito sol, mas não duvido que a Taylor jogue a chave da sua cela fora... e corte as suas mãos. E... outras partes suas.

- Um ótimo amigo me ofereceria uma saída e um concelho.

- Eu não brigaria com ela, se fosse você.

- Bruno... - Gargalhei. - Vai se ferrar!

- O amor é lindo.

- Lindo e doloroso!

- Ela tem um belo soco, né? - Brincou ele.

- Pior que ela tem!

Taylor aceitou com muita relutância o meu presente de aniversário, e me fez quase assinar um contrato dizendo, que não compraria mais carros, ou faria algo extravagante. Dá pra acreditar nisso? Essa é minha Taylor. A minha policial brava e mandona.

***

- Você está proibido de assistir isso sem mim? - Disse Taylor colocando as mãos na cintura.

- Mas você já assistiu! - Argumentei apenas para provocar.

- Mas... mas...

- Mas o que? Dona Taylor? - Levantei as sobrancelhas.

- Eu gosto de assistir com você.

- Gosta de assistir, ou me distrair e me levar levianamente para o quarto?

- Suas influências estão me fazendo muito mau...

- Eu não concordo!

- Estou ficando tarada.

- Não culpe a mim. Você me deixa tão cansado que nem na academia eu vou mais. Você já tira cada uma das minhas energias.

- Isso não é... Isso é uma calúnia.

- Se as paredes falassem... - Murmurei. A policial fez careta.

Eu ri.
- Elas diriam que você é uma mã influência. - Retrucou.

- Mas, eu tenho um quadril do diabo, não é?

- Você é um bobo.

- E você me ama.

- Amo. Amo muito. Muito. Muito. Muito. Você é meu príncipe encantado, que é um pouquinho canalha e extremamente safado.

- Eu deveria escrever uma biografia, não acha? A vida extraordinária do príncipe safado, que seduziu loucamente uma policial.

- E como seria o final?

- Bom, o príncipe safado pede a policial em casamento e ela rouba um carro, e o arrasta para igreja.

- Você...

- Eu... Eu quero me casar com você, quando nós dois estivermos prontos. Porque eu sei que você teve uma decepção, e precisa de tempo para se curar. Mas eu vou te esperar. E eu quero que você saiba, que... - Engoli em seco. - Quero ter filhos e quero passar a nossa pequena eternidade brigando e apaixonados como nos conhecemos. Se você quiser se casar, é claro. A escolha é sua. Sempre será sua. Se você quiser casar comigo, eu já estarei lá com um pé no cartório e na igreja, e se você não quiser se casar, eu ficarei encantado em passar a vida inteira com você. E, se quando completarmos 70 anos, você me dizer, Sim. Porque eu vou pedir você em casamento todos os dias. Eu vou pegar a minha bengala, te levar para o carro e nós invadiremos a primeira igreja que virmos. Nós daremos a melhor festa de todas, para a terceira idade. E, mesmo com 70 anos, eu vou ficar muito esperto com você, vou olhar para todos os lados e encarar cada velho safado que ousar colocar os olhos por tempo demais em minha esposa. Na minha amiga. Na mulher que diferente de todas as outras conseguiu o impossível. Você fez de mim um homem,  Taylor, quando eu só agia feito um moleque.

- Você... - Os olhos dela estavam cobertos de lágrimas. - Eu vou ser a esposa mais feliz do mundo. E a noiva. E a mãe. - Lagrimas caiaram e eu as limpei. - Eu te amo muito. Muito, mesmo. Você. Você é o cara. O meu cara. Meu amigo. Meu porto seguro. Eu não sei se mereço você. Se mereço acordar todos os dias tão feliz desse jeito, porque às vezes não parece real. Porque a nossa vida é tão perfeita que, eu acho que todos os dias estou sonhando. E depois, eu sonho de novo com você. Porque eu te amo, Charles. Te amo. Te amo!

- Você merece o mundo. Merece tudo. Ah, Deus... - Suspirei. - Não era pra você ser o amor da minha vida, Taylor. Porque você é boa demais para mim. Você é mais do que eu mereço. Desde a primeira vez que eu te vi, senhorita policial... Eu soube, que você era uma baita encrenca. Você foi, literalmente, a minha chave de cadeia, que ainda por cima me prendeu em uma cela.

Ela bateu no meu braço e eu ri.
- Você também me prendeu na cela, seu desaforado.

- Você quase atirou em mim! - Retruquei.

- Eu sei. Eu sei. E te prender naquela cela foi a melhor coisa que eu já fiz.

- A melhor coisa que já fez? Acho que estou magoado... Pensei que a melhor coisa fosse tre... - Ela tapou a minha boca com apenas um dedo.

- Se dizer trepar terei que... Te prender. - Disse maliciosamente.

Mordi de leve aquele dedo e o chupei.
- Só se for na minha cama... - Sussurrei e sem mais delongas a levei para o quarto, enquanto ela gargalhava e me chamava de meu canalha.

A policial que roubou meu coração ✔️Où les histoires vivent. Découvrez maintenant