ℂapitulo 6

480 31 73
                                    

Já ficou putasso com alguém e quis muito matá-lo? Provavelmente, sim. Provavelmente você deve ter uma puta vontade de matar o seu chefe ou a sua mãe de vez em quando. Mas, agora, vou dizer outra coisa, nunca, na sua vida, digo nunca, mesmo, confie em adolescentes. Adolescentes são pragas. São aberrações e desgraças da natureza humana. Eu já fui uma praga e posso afirmar isso. Eles são crianças malvadas. Aquelas crianças que não são confiáveis, pois estão na geração smartphone e nunca ralaram o joelho ou comeram terra. Adolescentes não são confiáveis. Nenhum deles...

Lá estava eu. Ótimo. Maravilhoso. Chegando em casa as duas horas da manhã, depois de uma transa muito gostosa. Eu acabei estranhando muito ouvir uma música alta. E até achei engraçado e xinguei o meu vizinho... desgraçado. Fiz isso no elevador, até chegar no meu andar e perceber, que o meu vizinho, não era um vizinho. Era eu. Eu estava dando uma festa e não sabia, porque nem estava lá. Porém, eu sabia exatamente quem estava comendo o meu mingau e bagunçando a minha casa.

Devon!

Abri a porta e suspirei com raiva, vendo a porra de muitos adolescentes na minha sala de estar com bebidas na mão. Desliguei o som alto de balada e todos notaram a minha presença instantaneamente e, então, gritaram reclamando. Eles eram crianças. Eram a porra de menores de idade tomando cerveja e se pegando.

— DEVON! – Gritei e fui puxado para trás.

— O que você está fazendo tio? Está estragando a festa... – Meu sobrinho falou.

— Festa? Que diabos de festa? Isso acaba agora! Como você teve coragem de fazer isso? Pensei que você fosse dormir no hospital...

— Não... Mas... – Um filho da puta religou a música.

— Eles são menores de idade. Com bebidas e sei lá o que. Eu posso ser preso por isso. E o pior é, que eu sou inocente. – Suspirei com raiva. A minha noite estava tão boa. — Mande todos embora e limpe a bagunça, ou eu ligo para sua mãe.

— Pensei que você fosse um tio legal... – Meu sobrinho retrucou.

— Eu sou... Até você decidir destruir o meu apartamento. Que porra! – Meu coração parou quando a campainha tocou. Não pode ser! — Todos fiquem quietos. Ou eu mato todos vocês, seus filhos da puta! – Gritei.

Não seja a polícia...
Não seja a polícia...

As crianças ficaram completamente paradas e serias.

Abri a porta.

Merda!

Poderia ser qualquer pessoal, porque você, hein? Taylor...

— Senhor Evans. – Taylor disse secamente.

A maldita policial estava com uma calça preta, jaqueta de couro preta, uma camiseta vermelha e botas altas. Sem maquiagem. Cabelos presos em um rapo de cavalo. E Deus... Linda demais.

— Sim... – A musica foi totalmente desligada, enquanto eu sorria para Taylor. — Algum problema senhorita policial? Ah... Eu já sei. Você estava morrendo de saudades, não é? – Ela revirou os olhos.

— Seus vizinhos ligaram reclamando de barulho. O senhor está desrespeitando a lei do silêncio e esta incomodando á todos. – Ela explicou em tom de voz calmo.

— É. Eu sei. Eu sinto muito. Amanhã mandarei um café da manhã para todos. Um belo pedido de desculpas. – Taylor franziu as sobrancelhas e se aproximou de mim como se sentisse o cheiro da mentira e de que algo, que não estava certo. — Está quente aqui, não é? Acho que nós poderíamos ir conversar no elevador. Você não acha?

A policial que roubou meu coração ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora