Ele é um fotógrafo. Ela é uma policial.
O que poderia dar errado nessa história?
Bom, na verdade, quase tudo.
Charles Brandon Evans, um fotógrafo que não esconde de ninguém, que é um canalha e não acredita no amor. Nunca acreditou. Bom... até que...
Meus olhos não acreditaram que Taylor, que estava super calada e quieta a minutos atrás estivesse daquele modo. Fiquei surpreso.
— Taylor? – A chamei e olhei para os seus pés. — Por que está descalça e me olhando assim? – A policial gargalhou e deu um rodopio. Os seus sapatos estavam jogados ao lado de uma garrafa de vinho vazia.
— Dança comigo?! – Ela disse e me puxou pela mão.
— Você está com bigode de vinho e está cheirando a bourbon... – Taylor olhou para baixo. — Deixa eu adivinhar... – Murmurei. — Bruno? – Aquele filho da mãe! Não posso deixar ela sozinha nenhum segundo, que aquele idiota já fica com gracinha.
Idiota! Vou matá-lo!
— É. Foi mesmo ele. – Ela riu novamente e sem motivo algum. — Você vai dançar comigo?
— Há dois segundos atrás, eu estava te implorando para dançar... O que aconteceu, você foi abduzida por alienígenas? – Debochei.
— Não. E não. E, eu com certeza, não vou me ajoelhar e pedir para você dançar comigo.
— Eu nem falei nada. – Repliquei com um sorriso travesso.
— Mas pensou... – Ela tocou o meu nariz com o dedo indicador. Havia algo diferente nela, algo como um brilho especial por estar meio-bêbada.
— É claro que vou dançar com você... – Sussurrei. Puxei Taylor pelos cotovelos, para ela ficar mais perto e fiz que colocasse os pés sobre os meus. — Você está descalça. – Expliquei e ela assentiu sorrindo.
Com os pés sobre os meus, eu consegui conduzi-la e por algum motivo, que talvez, eu nunca saiba, ela não parava de rir e sorrir para mim. Ela estava meio tonta e dizia que não queria cair. Não podia cair no chão.
— Eu nunca deixaria você cair. Nunca! – Afirmei e beijei levemente sua bochecha. Taylor ficou seria de repente e me fitou. — O que foi? Por que está me olhando assim?
— Você é lindo! – Ela disse. Engoli em seco e dei um suspiro. Só talvez ela tenha me feito corar, eu disse talvez.
— Obrigada. E eu acho, que a bebida cura a miopia... – Ela riu e escondeu o rosto em meu pescoço. — Você é que linda... – Dei um beijo em seu cabelo e depois a girei.
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— Você tá me deixando tontinha... – Disse ela pegando em minha cintura e tentando se equilibrar.
— Essa é a ideia! – Afirmei e dei uma piscadela.
Taylor passou uma mão por meu rosto. Eu fechei os olhos sentindo seus dedos acariciando a minha pele. Seus dedos estavam frios e faziam movimentos circulares.
— Charles... – Ela cochichou e aproximou o rosto do meu, antes de me dar um beijo ardente e forte, que me fez empalidecer e corar como um tomate. Era como se ela estivesse me dando o meu primeiro beijo. Como se eu nunca tivesse beijado alguém antes.
