Capítulo 7

48.1K 3K 1.1K
                                    

Cecília

Depois que o Sr. Guilherme saiu com a Manuela, mamãe e eu nos olhamos sem entender nada, eles disseram ser amigos, mas pelas suas caras pareciam não suportar um ao outro, enfim, não é da minha conta.

Ajudei mamãe com o jantar porque Rosa saiu cedo, então mamãe estava fazendo tudo sozinha. Quando terminamos coloquei a mesa com receio de encontrar o Sr. Guilherme, e para a minha sorte não o vi mais.

Depois de tudo terminado tomei um banho quente e vesti meu pijama, um short curto e uma blusa de alça fina, ambos colados no corpo e na cor rosa bebê. Escovei os dentes e voltei ao quarto após me despedir da minha mãe e desejá-la uma boa noite. Me deitei na cama e na hora fui tomada pelo sono.

Despertei no meio da noite escutando um barulho estranho que me deixou assustada, era a porta do quarto sendo aberta. Me levantei apressada e corri para ligar a luz me deparando com o chefe da minha mão parado em frente à porta que já estava fechada.

— Senhor? — falei assustada e notei seu olhar percorrendo por meu corpo que estava parcialmente exposto me fazendo sentir vergonha.

— Oi Cecy — Oi? Arregalei os olhos, o que estava acontecendo? Porque eu não estou entendendo nada.

— Precisa de algo senhor? — perguntei com olhar baixo, não conseguia o encarar direito.

— Precisar eu até preciso — disse de uma forma diferente que me fez sentir um arrepio estranho por todo meu corpo, algo que eu desconhecia.

— O quê? — minha voz saiu falha e ele sorriu de lado se aproximando mais ainda.

— No momento, só queria te perguntar algo — assenti — O que aquela Manuela disse sobre mim? Como vocês se conheceram? — respirei fundo.

— Ela não me falou nada sobre o senhor, nos conhecemos na faculdade, ela me ofereceu carona e parou aqui perto da casa, falei que não podia entrar porque não é minha casa mas ela pediu para entrar e tomar um copo de água, eu achei que seria errado negar isso, eu, eu não sei se errei deixando-a entrar, peço perdão e prometo que não voltará a acontecer — falei com medo dele me mandar embora da sua casa.

— Calma, não há nenhum problema, só se afaste dela, ela não é uma boa garota como você — falou próximo do meu ouvido fazendo sua barba passar por minha pele e novamente o arrepio tomou conta de todo meu corpo.

— Sim senhor — foi o único que consegui dizer, e sou surpreendida por seus dedos gelados na minha pela na região do braço, meu corpo estremeceu e as batidas do meu coração aceleraram. Não conseguia controlar nenhuma das reações do meu corpo e isso estava me deixando nervosa, nunca namorei, nunca fiz sexo e a única vez que dei um beijo foi um selinho que acabei me arrependendo.

— Você é muito linda — disse com o seu rosto próximo ao meu pescoço, e inesperadamente senti seus dentes nele, quilo devia doer, mas não, era uma sensação boa. Seu rosto trocou meu pescoço por minha boca, ele subiu lentamente até ela e sem esperar tomou-a, seus movimentos eram lentos, e eu mesmo sem querer correspondia, aquilo parecia um sonho, ou um pesadelo, não sei. Sua mão apertava minha cintura fazendo minhas pernas tremerem e a outra mão segurava minha nuca. Em contrapartida as minhas mãos estavam imóveis, apenas minha boca funcionava naquele momento, todo o resto estava congelado.

Senti falta de ar e creio que ele também pois nos afastamos, mas o mesmo continuou distribuindo selinhos nos meus lábios que ainda tinham sua saliva. Mais uma fez fui surpreendida, mas desta vez foi por sua mão invadindo minha blusa, ela apertava meu seio e naquele momento eu voltei para a terra, o que eu estou fazendo meu Deus?! Ele é um homem casado e patrão da minha mãe.

Com pressa tirei sua mão da minha blusa e me afastei dele.

— Senhor, pare com isso por favor — pedi.

— Vai me dizer que não gostou? — engoli em seco, queria dizer que não, mas não estava certa disso.

— Isso não pode acontecer, o senhor é um homem casado, e eu ... — respirei fundo — eu não posso decepcionar minha mãe dessa forma — senti tristeza só de imaginar como isso seria, ele com certeza queria transar comigo, se eu não voltasse à minha consciência ele me usaria e me mandaria embora no dia seguinte, na verdade me mandar embora ele ainda pode, mas prefiro isso.

— Não fizemos nada demais, eu quis isso é você  também — disse sem se aproximar mas seu olhar estava fixo em mim.

— O senhor pode por favor me deixar dormir, eu estudo pela manhã! — mudei de assunto e ele sorri de lado percebendo.

— Tudo bem, eu vou, mas ninguém pode saber do que aconteceu aqui — assenti, ele não precisava dizer, não quero que ninguém sonhe que essa noite existiu.

Ele se virou e saiu, abriu a porta e quando eu achei que ele finalmente iria embora, ele se virou e me olhou.

— Só mais uma coisa — disse e eu revirei os olhos mesmo sem querer.

— O quê senhor? — perguntei sem paciência.

— Não me trate mais por senhor, me trate por Guilherme  — Assenti.

— Tudo bem — falei apenas para que ele fosse embora e realmente ele foi, não iria tratá-lo pelo nome, como eu explicaria isso? Minha mãe trabalha aqui desde que ele era bebê, ou talvez antes mesmo dele nascer mas mesmo assim o trata com as formalidades necessárias e eu que cheguei ontem vou chamá-lo pelo nome, todos iriam deduzir do que se passou aqui, ou talvez coisas piores que não aconteceram.

Desliguei a luz e me deitei na cama, preciso acordar cedo, e para tal tenho que dormir, mas não conseguia mais, aquele homem veio para tirar meu sono, que seja só essa noite.

Contra a minha vontade toco meus lábios e fecho os olhos lembrado do seu toque, quando percebi o que estava fazendo me repreendi mentalmente e voltei a tentar dormir, rebolava na cama de um lado para o outro, fechava os olhos e fingia estar dormindo, mas mesmo assim não conseguia, e tudo por culpa do Senhor Guilherme Maldonado.

Contra a minha vontade toco meus lábios e fecho os olhos lembrado do seu toque, quando percebi o que estava fazendo me repreendi mentalmente e voltei a tentar dormir, rebolava na cama de um lado para o outro, fechava os olhos e fingia estar dormin...

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
A Filha Da EmpregadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora