Capítulo 22

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Cecília

Como? Como eu poderia me sentir feliz com isso?! Eu estou saindo com um homem casado e que além de tudo é patrão da minha mãe, mas eu estou feliz, eu estou gostando. Me sinto bem, me sinto feliz quando estou com ele, Guilherme é romântico, carinhoso e cuidadoso! Me trata como nenhum outro garoto foi capaz, e talvez por ele não ser um garoto.
Lembro da minha primeira vez, a um mês atrás e não poderia ser melhor, ele me permitiu conhecer o prazer com carinho e cuidado, e continua assim até hoje, quando nos amamos Guilherme não me machuca, e me sinto vazia quando não o tenho em mim.
Mesmo tendo que aguentar a Lívia, que a cada dia está pior, parece desconfiar de algo, porque ela sempre me trata mal e me humilha, Guilherme sempre me defende mas me sinto muito mal por saber que ela está certa, eu me meti no seu casamento. Mas não sou capaz de me afastar dele, eu acho que estou perdidamente apaixonada por Guilherme.

— No que está pensando? — olhei para o lado e Manu me olhava, na frente à professora Luísa explicava algo que eu não prestava atenção.

— Nada — falei curta para não deixar a mulher a nossa frente perceber a falação, não quero que ela me mande sair da sala, mesmo sem prestar atenção em nada, prefiro estar aqui.

Manuela ficou em silêncio e voltei aos meus pensamentos, nesse último mês em que eu fiz tudo que não fiz em 18 anos de vida, estou mentindo para minha mãe, mentindo para todos ao meu redor, sinto muita culpa, às vezes até vou até Guilherme no intuito de terminar tudo que temos, mas não consegui, quando sinto seu corpo junto ao meu, sua barba tocando minha pele e suas mãos me acariciando minha mente trava e apenas meu corpo funciona, acabando por fazer o contrário do que a mente manda.

[...]

— Tem uma festa no sábado, o que acha de ir comigo? — Manuela dirigia calmamente, já insisti de todas as formas para que ela não me deixasse em casa, não quero dar tanto trabalho, mas ela sempre diz que é um prazer e que gosta da minha companhia, até porque eu ajudo ela com a matéria. Mas eu não queria mesmo incomodar, quase sempre ela me leva para casa, quando não está com Leandro, ou quando eu não  vou sair com Guilherme.

— Não sei, acho melhor não.

— Qual é Cecília? Por favor, é só uma festa, eu não quero ir sozinha.

— Vai com o Leandro ué — revirou os olhos.

— Eu quero ir com você, com uma amiga, e não com o Leandro — bufou — e ele é eu estamos brigados.

— Hum, está bem, mas não some com ninguém por favor e não vamos ficar até tarde — assentiu sorrindo.

— Obrigada — disse com um enorme sorriso e neguei com a cabeça.

Guilherme continua não gostando da minha amizade com Manu mas eu não posso fazer nada quanto a isso. Não vou viver minha vida me baseando naquilo que ele gosta ou o que ele não gosta, então mesmo ele falando que eu devia me afastar da Manuela eu continuo sendo sua amiga e ela nunca me fez nada de mal.
Sei que Guilherme só não quer que eu fique de papo com uma mulher com quem ele já se envolveu, mesmo ele dizendo que foi só uma noite, eles se envolveram e pronto, isso me incomoda, não posso negar, mas as poucas vezes que Manu fala de Guilherme é insinuando que temos algo e sei que ela gosta do Leandro.

Após mais um tempo chegamos e agradeci a Manu pela carona, entrei e minha mãe não estava, vi sua mensagem pedindo que eu servisse o jantar quando chegasse a hora, Rosa passou mal e elas estão no hospital, respondi confirmando e fui para o meu quarto.

Arrumei minhas coisas e fui para o banheiro onde tomei um banho longo e relaxante, estava precisando disso.
Voltei para o quarto e vesti uma calça jeans e blusa branca.

[...]

Arrumei a mesa e informei a Lívia que me olhou com desdém e assentiu.

Quando eles já estavam sentados na mesa fiz menção a me retirar e a mulher me olhou.

— Fica aí — disse fria — Podemos precisar de algo — disse mais calma quando Guilherme a olhou.

Suspirei baixo e continuei ali parada enquanto eles comiam, Guilherme me olhou como se pedisse perdão por aquilo, o ignorei, preferia não buscar culpados, não tornar isso mais duro do que já era, eu sento algo intenso por Guilherme mas em horas como essa me arrependo amargamente.

— Está me ouvindo garota? — Lívia gritou me fazendo sacudir a cabeça voltando ao mundo real.

— Me desculpe — falei a olhando — Senhora — falei quando senti seu olhar exigir essa palavra.

— Falei que já pode se retirar, meu marido e eu temos coisas pessoais para fazer, se é que me entende, mas deve entender mesmo, essa carinha não me engana sei que... — ela foi interrompida.

— Lívia — Guilherme tinha o tom frio, como eu só ouvia quando Lívia estava por perto, ele parecia outra pessoa quando ela estava presente, não era o mesmo homem carinhoso e simpático com quem eu estou me envolvendo há um mês.

— Cecília pode se retirar por favor — mesmo usando um tom simpático, Guilherme tentava não deixar transparecer que existia algo mais entre nós, mas algo me dizia que era desnecessário.

— Cecília pode se retirar por favor — mesmo usando um tom simpático, Guilherme tentava não deixar transparecer que existia algo mais entre nós, mas algo me dizia que era desnecessário

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