Capítulo 40

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Guilherme

— Você escolheu isso. Por favor, saia da minha empresa. Não posso ter funcionários que colaboram com meus concorrentes — digo sem olhar para cara de Davi.

Depois de implorar mais um pouco ele finalmente deixou minha sala, e depois, minha empresa. Espero.

Dias depois

Cecília não olha para minha cara. E Madalena? Bom, essa olha, mas como se quisesse me matar.
E adivinhem quem está se divertindo com isso?
Se você disse Lívia, parabéns, você acertou.

— Você não entende que garotas como sua empregadinha querida podem te dar tesão, mas é com mulheres como eu que tem que ficar — reviro os olhos. Tá ficando chato.

Prefiro ignorar e deixar o quarto que entrei apenas para procurar uma gravata que decidi usar amanhã.

Já estou pronto para dormir. Tiro minha camiseta ficando apenas com a calça moletom. Deito-me e cubro parcialmente meu corpo.

Tento dormir. Mas minhas mente não desliga. Parece que ela está afim de funcionar 24 horas por dia. E eu já não aguento mais. Preciso de algumas horas de sono, todo mundo precisa.

Em momentos como esse gostaria que tivesse um botão de liga e desliga. E assim, ter total controle sobre minha mente e poder fazê-la parar de funcionar nem que seja por apenas algumas horas, algumas poucas horas.

[...]

Olho no relógio e me surpreendo ao ver que são oito horas. Eu nunca durmo demais. Deus deve ter ouvido minhas preces, mas não como eu previa.

Mesmo deduzindo que ela já entendeu isso, mando uma mensagem para minha secretária para avisar que irei me atrasar.

Entro no banheiro e depois de me higienizar vou para o closet onde já tenho separado um terno azul-escuro, camisa branca e gravata da mesma cor do terno.
Visto-me e carrego minha pasta, chaves do carro e celular.

Desço e a mesa ainda está lá, me esperando. Penso se devo me atrasar mais um pouco ou não.
Olho para o relógio, quinze para as nove. Suspiro e vou até a mesa. Devo aproveitar pelo menos uma vez a vantagem de ser o chefe.

E sei que meu dia não começa bem quando não me alimento na hora certa, mesmo não sendo exactamente a hora certa.

[...]

O meu caminho, do estacionamento até minha sala é feito com TODOS desejando um bom dia, com um sorriso estampado no rosto.
Respondo sempre de forma gentil e educada.

Quando chego. Minha secretária informa que está uma mulher querendo falar comigo, sem hora marcada, mas disse que é do meu interesse.

— Ela está no banheiro. Saiu agora mesmo. — informa.

— Ok. Mande-a entrar assim que voltar — digo e saio depois que ela concorda com um aceno.

Aqui não funciona essa de me esperar no MEU escritório sem que eu esteja.
Se alguém quer me ver, ou tem algo marcado comigo e eu não estou, temos bancos de espera,   bem próximo ao posto da minha secretária que é em frente à minha sala.

A Filha Da EmpregadaWhere stories live. Discover now