Capítulo 27

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Cecília

— Por favor, para — eu chorava — SOCORRO — sua mão depositou um tapa no meu rosto e logo depois foi até ao meio das minhas pernas.

— SOCORRO — gritei com as lágrimas caindo sem parar e ele já abria o zíper da sua calça.

— Cecília? — ouvi uma voz conhecida, Manuela.

Ela logo apareceu.

— Meu Deus — disse com a mão na boca — Seu filho da puta, sai de cima dela — Peter a olhou com cara de tédio.

— Sai agora ou eu chamo os seguranças Peter — disse firme, mas ele não se moveu.

— SAI — gritou batendo nas costas dele que a empurrou fazendo com que ela caísse no chão.

— Que merda, acabou com o meu clima Manuela — disse como se fosse a coisa mais normal do mundo, fechou o zíper das calças e me olhou sorrindo de um jeito maníaco.

— Ainda não acabou Cecília — finalmente se afastou e saiu após dar uma última olhada.

Eu estava paralisada, apenas chorando. Manuela levantou e me abraçou.

— Me perdoa Cecília, você está bem? — dizia enquanto também chorava — Meu Deus, eu não poderia imaginar.

— Só me tira daqui por favor — pedi.

Saímos pelos fundos, eu estava com o rosto vermelho e o vestido rasgado.

— Nós vamos para uma delegacia — informou e assenti.

[...]

Após fazer a queixa na delegacia Manuela me levou para casa, ela insistiu que queria entrar comigo e garantir que estava tudo bem, agradeci. Não sei o que teria acontecido se ela não tivesse chegado a tempo. Na verdade eu sei muito bem.

— Cecília eu preciso te contar algo — disse quando estávamos sentadas na minha cama. Tomei banho e ela ficou me esperando, preferi não acordar minha mãe, vou contar, mas não hoje.

— O Peter, ele me pediu para te levar a festa, foi ideia dele, ele disse que estava interessado em você, eu achei legal, você é solteira e poderia se interessar, mas aí antes quando você sumiu, Leandro me contou que Lívia contou para Peter que você tem um caso com o Guilherme, ela queria se vingar, e bom, Peter sempre odiou o Guilherme, Cecília, me perdoe, eu nunca poderia imaginar que ele seria capaz de tentar te estuprar — ela tinha os olhos cheios de lágrimas, a abracei.

— Obrigada por me salvar, e eu acredito que você não sabia, obrigada.

— Se você quiser eu passo a noite aqui, sei lá, você pode não conseguir dormir.

— Noa precisa Manu, você pode voltar pra sua casa.

— Ok, mas qualquer coisa que precisar me liga.

— Ok, obrigada.

[...]

Manuela foi embora e eu estava deitada na cama me revirando a todo momento, eu não estava mesmo conseguindo dormir.

O quarto estava escuro e o som a porta se abrindo fez meu coração bater mais rápido, tinha medo que fosse o Peter, ele disse que não estava terminado. Abracei o lençol sentindo lágrimas meus olhos.

Mas logo luz estava ligada, olhei com medo e suspirei aliviada quando vi Guilherme.

— Você está bem? — perguntou, frio?

— Sim — me sentei na cama — precisa de algo?

— Cecília porquê você fez isso comigo?

— Como assim? O quê?

— Você? E o Peter? Logo o Peter?

— O que você está falando, ele... — me interrompeu.

— Você vai negar? Eu vi vocês no maior clima, vocês se beijando, a Lívia disse mas não quis acreditar, mas daí você sai e ele logo atrás e não voltam mais para a festa — ele falava com as mãos na cabeça andando de um lado para o outro.

— Você está insinuando que tenho algo com o Peter?

Ele quase me estupra e ele pensa que eu tenho um caso com aquele psicopata.

— Eu não estou insinuando, eu estou afirmando, eu vi tudo Cecília.

— VOCÊ VIU O QUÊ? Hein, me fala, o que você viu? — ele parecia assustado com o meu tom alto e nervoso — VOCÊ VIU ELE INDO ATRÁS DE MIM? MAS NÃO VIU QUANDO ELE QUASE ME ESTUPROU — ele arregalou os olhos — VOCÊ AÍ DANDO SHOW POR ACHAR QUE EU ESTAVA TENDO UM CASO, GUILHERME, EU QUASE FUI ESTUPRADA — eu já chorava e gritava sem me importar que alguém ouvisse.

— Você que é casado, mas eu nunca te culpei, você que estava beijando sua mulher, ma seu fiquei no meu canto! E você vem dizer que eu, que eu, tenho um romance com aquele psicopata que me seguiu no banheiro e quase me estuporou? Você está louco Guilherme?

Fui até meu vestido rasgado e peguei mostrando para ele.

— Olha isso? Isso foi o que seu amiguinho fez, isso foi o que ele fez, e se não acredita, vai para a delegacia que verá a denuncia que fiz.

— Me desculpa Cecília, eu... — tentou pegar meu braço mas o impedi.

— Me solta Guilherme, eu estou cansada, estou cansada disso tudo, eu nem sei o que é isso, eu não devia ter vindo para essa droga de casa!

Ele engoliu em seco e manteve silêncio com o olhar baixo.

— Sabe? Sua mulher, ela falou com o Peter, ele quis me estuprar porquê você tem um caso comigo, ISSO TUDO É SUA CULPA!

— Eu vou fazer aquele filho da puta pagar, Cecília. Eu não imaginava, me perdoa.

— Eu não quero te perdoar Guilherme, eu não quero, eu quero que você saia da minha vida, você, sua mulher, seus inimigos! Eu quero sair dessa sua droga de casa, eu quero sair da sua vida Guilherme.

— Não fala isso, Cecília, por favor....

— Não. Sai daqui.

— Por favor Cecíl... — o interrompi.

— SAI DAQUI — gritei.

— EU TE AMO PORRA — gritou — Eu te amo e não vou sair da sua vida.

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IGNOREM OS ERROS POR FAVOR!

A Filha Da EmpregadaWhere stories live. Discover now