Capítulo 56

21.1K 1.4K 72
                                    

Guilherme

ESSA MULHER É UMA LOUCA, SE VOCÊS NÃO FIZEREM NADA ELA VAI FAZER ALGO RUIM COM A MINHA NAMORADA — grito com o delegado que me parece fazer pouco caso.

— Sim, senhor, eu já entendi isso. Agora, por favor, se controle — reviro os olhos e suspiro andando de um lado para o outro. — O senhor pode se sentar por favor? — ele pergunta indicando a cadeira na sua frente, e mesmo contrariado, me sento.

— Então, senhor Maldonado, vamos recapitular? A sua ex-esposa sequestrou sua namorada? — assinto irritado, custa fazer algo e parar de me chatear?! — Ela já fez contacto, certo? — não respondo. Olho para ele sem paciência — Segundo o que o senhor disse... — o interrompo levantando com brutalidade e atiro a cadeira para trás.

— QUE PORRA. Vai ficar aqui repetindo o que eu disse enquanto minha mulher pode estar morrendo onde quer se ela esteja?! VOCÊ NÃO PASSA DE UM INÚTIL — saio sem esperar uma resposta.

Ando como um furacão pela delegacia indo em direcção a porta de saída. Algumas pessoas me olham, outras mantém-se foçadas no que fazem.
Bando de inúteis.

Pego meu carro no estacionamento e dirijo frustrado pelas ruas.
Que droga.
Não sei por onde começar aprovar, não sei que merda fazer.

[...]

Estaciono em frente ao prédio onde o Davi mora. Vou até ao interior do mesmo e andando sem olhar para trás chego ao apartamento. Bato na porta com toda força que tenho.

Bato sem parar e nada. Reviro os olhos e me afasto um pouco da porta, quando vou bater novamente a porta é aberta.

— Guilherme, o que está acontecendo? — Davi me olha preocupado.

— A vadia da Lívia sequestrou a Cecília — digo desesperado — Você me enganou — sinto lágrimas querendo cair — Seu ... — tento dar um soco nele mas quase acabo caindo no chão, ele que me segura.

— Guilherme, você não está bem — como se eu não soubesse.

— Vem, entra, e me explica direito o que está acontecendo. Eu não vejo a Lívia desde que fui te ver. Ela sumiu — ele é a única pessoa que pode me ajudar agora, então aceito seu convite para entrar.

[...]

São 22:00h e nada da Lívia fazer contacto. Sinceramente não sei o que fazer. Não sei o que pensar.

O único que consigo é lembrar das suas palavras: "eu quero vingança".
Isso me faz temer o pior, eu sei que ela é capaz de qualquer coisa.

— Qualquer coisa eu te falo, eu prometo. Duvido que ela ligue para mim, ou que apareça aqui, mas se isso acontecer eu falo para você, prendo ela aqui, ou sei lá, você pode contar comigo — Davi repete mais uma vez.

Suspiro.
— Valeu, eu estou indo. Não sei nem o que dizer para Madalena — digo a última parte para mim mesmo.

Ele me acompanha até a porta. E quando eu saio fecha-a. Caminho até o lado de fora do prédio, pego meu carro e fico por alguns minutos pensando no que fazer.

[...]

Como esperava, Madalena está me esperando no sofá. Com cara de sono, mas a preocupação maior ainda.

Ela já sabe que Cecília sumiu, só não contei que a Lívia é que está com ela. E tenho medo que isso faça com que ela recue na sua decisão de apoiar nosso relacionamento. Pois desde o início esse sempre foi seu medo. Tal como eu, ela sabe muito bem o nível de loucura daquela mulher.

— Guilherme, você a achou? — ela vem até mim assim que me vê.

— Eu... — gaguejo sem encontrar palavras. Engulo em seco e olho para ela que também me olha. Não precisamos falar mais nada.

Ela nega com a cabeça.

— Não, não pode ser... — automaticamente seus olhos se enchem de lágrimas.

— Eu vou achá-la, não vou deixar que nada de mal aconteça — ela nem olha para mim — Por favor... — não consigo encontrar as palavras certas.

Contra as minhas expectativas Madalena me abraça, e eu retribuo me sentindo mais tranquilo.

— Encontre-a, por favor — diz quando nos separamos.

— Eu juro pela minha vida.

__________

Últimos capítulos.
Votem e comentem.
Até breve...

A Filha Da EmpregadaWhere stories live. Discover now