Capítulo 37

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Guilherme

Eu sei que Cecília não está bem. Mas não posso fazer porra nenhuma. Mas o pior mesmo é saber que isso tudo é culpa minha.

Meu dia de resumiu a pensar nisso. Até quando chegou finalmente a hora da saída, e dirigi tranquilamente até a mansão.

Quando cheguei, tomei um rápido banho e substitui meu terno cinza por uma calça moletom preta e uma camiseta azul-escuro.

Ainda estou no quarto de hóspedes — e pretendo ficar até conseguir me livrar de Lívia — Então, não sei dizer se minha querida esposa está em casa.

Desci para a sala de jantar onde a mesa já está posta.
Madalena me olha de um jeito estranho. Mas não diz nada.
Na minha mente eu só consigo me questionar "ela já sabe?", "ou desconfia?".

Prefiro não exteriorizar meus pensamentos. Apenas como, mais rápido que o normal. Mas antes que termine, Lívia, que parece estar chegando, se junta a mim.

— Boa noite, Querido — ela diz com sarcasmo. A ignoro.

Termino e levanto sem hesitar.
Vou para o quarto e depois de escovar os dentes e lavar o rosto — estou precisando demais ultimamente — me deito na cama. Mas antes, tiro a camiseta ficando apenas com a calça moletom.

[...]

Depois de me remexer na cama e não conseguir pegar no sono. Decido levantar.

Jogo minha camiseta no ombro e fico sentado por algum tempo.
Quando finalmente levanto — já com a camiseta no meu corpo — não sei para onde ir.

Ou sei.
Mas também sei o quanto é errado.
Arriscado.
Mas não consigo resistir.

Cecília.

Caminho em passos lentos, e pouco barulhentos. Desço as escadas prestando atenção em cada canto.
Passo pela cozinha que está com zero de iluminação e finalmente estou na ala dos empregados.

Suspiro — baixo — e vou para o corredor onde está o quarto de Cecília. Mas paro quando vejo Madalena, do outro lado, me olhando.

Queria acreditar que era alguma alucinação.
Mas não.
Ela estava lá. Em pé. Me olhando sem piscar.

Forço um sorriso. E desejo boa noite para ela. Me virando para sair.

Não iria inventar alguma desculpa.
Porque sei que ela não acreditaria. Com certeza Madalena já sabe de tudo. E se Cecília contou, talvez seja melhor assim.

Porque a casa é minha e não devo satisfações a ninguém sobre onde vou ou deixo de ir. Se eu já estivesse no quarto da sua filha, aí sim eu estaria devendo-lhe uma explicação.

E porque não saberia o que inventar.

[...]

Depois que voltei ao quarto, o sono não demorou a vir.
Mesmo não sendo um dos melhores.

Acordo no dia seguinte com o som do despertador que marca exactas cinco horas da manhã.

Levanto-me e visto minha roupa de treino, após escovar os dentes e lavar o rosto.

A Filha Da EmpregadaOnde histórias criam vida. Descubra agora