Trinta e Sete: Aniversário

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Olá, queridos!
Desculpem a minha demora pra postar. A história está quase chegando ao fim, mas eu ainda tenho tido bloqueios :(
Vou me esforçar pra acabar o mais rápido possível hehe

Boa leitura!!!

— E obrigado, Senhor, por sua graça na vida da Sarah, sua filha, que está completando mais um ano de vida e esses momentos em família, em nome de Jesus, amém — Victor concluiu nosso momento devocional ao ar livre com uma oração e quando abri meus olhos, tive uma agradável surpresa. Ele estava sorrindo, segurando um bolinho cujo topo possuía uma velhinha acesa em uma mão, enquanto em seu outro braço impedia Mabel de tentar roubar o doce. — É o aniversário da mamãe, filha. Vamos cantar parabéns? Ela merece.

— Oh, Victor, não precisa. — Sorri por um lado comovida com aquele e por outro constrangida pela ideia de passarmos vergonha em público, caso ele começasse a cantar. — Que tal se a gente apenas aproveitar esse piquenique neste parque lindo, olhando para esse céu azul e essa  lago em silêncio? Cantar parabéns não é necessário e...

Os meus pedidos foram ignorados e interrompidos por aquela famosa música sendo cantada por ele com animação e em tom alto o bastante para me matar de vergonha e ainda chamar atenção das pessoas em redor.

— Assopre as velhinhas, Sarah! — Vic aproximou o bolinho do meu rosto e não parou de fazer farra até me ver usando o ar dos meus pulmões para cessar aquela chama. Em seguida ele bateu palmas e para nossa surpresa Maria o acompanhou. — Isso aí! Bate palmas, filhinha!

— Tá bom, Vic! Chega de comemorar — pedi e dei um sorriso nervoso quando uma mulher passou rindo de nós.

— O quê? Mas é seu aniversário e ainda temos presentes! — Ele agilmente me entregou Mabel e virou para a cesta de comidas que havia preparado com muito requinte para aquele dia e depois de alguns segundos tirou de lá uma caixa muito bem embrulhada. — Esse aqui é o da bebê, abra primeiro.

Ergui uma sobrancelha e aceitei o presente, sem conseguir conter o espanto de ver o imenso esforço de Vic para me mimar naquele dia. Era meu aniversário, tudo bem, mas eu não estava acostumada com tudo aquilo.

— Hum, o que é isso, hein? — Franzi o cenho e me concentrei em abrir a caixa com cuidado. Quando vi o que havia lá dentro senti o coração dar um salto e olhos encherem de lágrimas no momento seguinte. — Oh, Vic...

— Incrível, não é? Um velho amigo e sua esposa são fotógrafos e concordaram em fazer as fotos dela e prepararem esse álbum em tempo recorde — ele explicou e eu tomei o objeto em mãos admirada com a foto de capa. Comecei a folhear e me  enquanto admirava as fotos profissionais tiradas da nossa bebê em inúmeros figurinos e poses fofas. — Foi por isso que dona Socorro e eu saímos com Mabel aquele dia e demoramos pra voltar e você ficou brava comigo.

— Oh, Vic! Eu amei! Antes de voltar pra Santa Fé, acabei perdendo todas as recordações dela pequenininha e isso é... Estou sem palavras — Comovida, eu sentei Mabel sobre o pano estendido sobre a grama, me adiantei até ele e o abracei com força. — Obrigada, obrigada mesmo!

Ele sorriu um pouco sem jeito e se afastou.

— Isso não é tudo. O meu presente darei mais tarde. Acho que você vai gostar — falou empolgado e começou a separar e guardar as comidas de volta na cesta.

Fiquei admirando-o por algum tempo, sentindo aquelas borboletas querendo ganhar asas em meu estômago novamente.

Não, eu não podia me deixar levar pelos sentimentos, por isso respirei fundo e orei rapidamente, entregando tudo aquilo a Deus.

— Eu é quem tinha que te presentear. — Cocei a cabeça e percebi o sorriso gentil se formando nos lábios dele. — Caso não se lembre, você também merece ser parabenizado, afinal agora é um pediatra formado.

Ensina-me amarWhere stories live. Discover now