Capítulo Trinta e Seis

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Jennie Kim

Tentei me virar em sua direção. Mas meus pés estavam colados ao chão e meu corpo não respondia aos meus comandos. Minha garganta secou de uma forma rápida e incontrolável enquanto minhas mãos suavam e meu corpo começava a querer amolecer.

Seus passos ficavam cada vez mais rápidos e eu não queria, não queria mesmo que parassem. Porque, isso iria significar, que ela realmente veio atrás de mim, quando eu lhe disse para ficar, e que quando ela chegar perto o suficiente, eu não vou conseguir me controlar, e tomarei seus lábios contra os meus sem pensar nenhuma vez sequer.

Então por favor, não chegue mais perto.

Era o que eu queria dizer.

Contudo, quando um vento frio bateu em minha nuca, e o calor corporal humano, se fez presente atrás de mim, eu não consegui dizer, fazer, nem pensar em nada.

— Você não vai embora! Não vai me deixar! Não vai virar as costas e fingir que não significamos nada uma para outra, e que o que temos é apenas uma diversão. Você não vai fugir dos seus problemas e tentar ignora-los como sempre faz, Jen! — Suas mãos me viraram bruscamente e me fizeram quase cair, mas elas me sustentaram. Lisa me olhava com fúria nos olhos e suspirava pesado. — Você não vai me machucar, e não vai me afastar de você, está ouvindo? E eu não vou te deixar, eu não vou deixar que você vá embora e que não volte mais! Eu não vou deixar, Jen! Não vou! Porque eu te amo, eu te amo demais, eu te amo de todas as formas, e quando você ama alguém, você não deixa a pessoa ir embora, você não dá as costas para ela e não fica parada vendo tudo acabar. Você vai atrás dessa pessoa, e não deixa que ela tente ir nunca mais!

Meu coração batia tanto que a qualquer momento sairia do meu peito. Eu não estava conseguindo acreditar. Lisa. Ela realmente me ama. E, porque eu não estou vendo nenhuma mentira ou dúvida nisso tudo? Porque eu não estou surtando e dizendo que ninguém pode me amar, e arranjando algum motivo para afasta-la de mim e fazer com que ela me odeie?

Ela disse que me ama. Que realmente me ama.

Alguém sequer me amou alguma vez?

Alguém além de minha mãe, me olhou com outros olhos e viu algo bom em mim?

Eu tenho certeza, que essa é a primeira vez.

Nossos olhares estavam presos uma na outra. Não desviando para lugar algum nem perdendo a conexão. Eu podia sentir todos os sentimentos de Lisa e aquilo me confortava.

— Não podemos ficar juntas, Lali, não percebe?

— Claro que podemos! Não seja idiota! Podemos ficar juntas pro resto de nossas vidas e ninguém vai conseguir nos separar!

— Não conseguimos ficar mais do que alguns minutos sem brigar, Lali...- Minha voz era chorosa.- Tem certeza que quer mesmo me amar? Amar alguém como eu?

Ela parecia incrédula. E não respondeu minha pergunta.

— Tem certeza que quer abrir mão de uma vida calma e tranquila, para viver ao meu lado? Eu sou perturbada demais para você, Lisa, não posso acabar com a sua vida desse jeito.

— Que história é essa agora, Jen? Não diga tantas besteiras e não tente me usar como vítima. Eu já sou uma mulher. Uma mulher adulta e sei o que estou fazendo.

Suas mãos me apertaram com mais força e quando eu pensei em dizer algo, sua boca se uniu a minha com força, me fazendo perder o equilíbrio com o impacto.

Sua língua, invadiu minha boca com força, empurrando e saboreando a minha. Havia algum gosto doce em sua boca que eu definitivamente não conseguiria descrever, mas que era deliciosamente gostoso. Meus lábios se encontravam com os dela com agressividade e possessão. Eu não queria que ela se afastasse, e não queria que isso acabasse.

Mordi seu lábio com força em meio ao beijo, o castigando entre os dentes, fazendo com que a mesma soltasse um gemido sôfrego e descontasse sua dor em minha cintura, a apertando com força e me obrigando a encostar no carro. Arregalei os olhos quando suas mãos apertaram minhas coxas e me levantaram com pressa, me colocando sobre o capô do carro com brutalidade.

Eu não tenho certeza, se aquela era mesmo a minha Lisa, mas por alguns minutos, eu até que estava gostando.

Quando o ar faltou, nossas bocas se desconectaram e Lisa atacou meu pescoço. Me arrancando um gemido surpreso e satisfatório.

Sua língua começou a traçar um maldito caminho entre minha clavícula e meu busto me fazendo tombar um pouco para trás e agarrar seus cabelos entre meus dedos. Sua boca quente, agora, mordiscava minha pela macia, deixando algumas marquinhas e me arrancando sorrisos satisfeitos. Ela estava mesmo aprendendo algumas coisas novas. Fechei os olhos tentando aproveitar cada momento, tentando me convencer de que aquilo não era um sonho e de que Lisa era real e totalmente apaixonada por mim. E pela primeira vez, tudo pareceu fazer sentido, tudo pareceu se encaixar perfeitamente bem, em vez de ser uma loucura.

Levei minha mão até o seu paleto e comecei a puxá-la de seu corpo, Lisa me ajudou e logo, a peça cara de roupa de encontrava naquela chão sujo da rua. Meu corpo queimava e minhas pernas tremiam e formigavam. Eu podia sentir o sangue e o desejo correr por minhas veias. E tenho certeza que estava acontecendo o mesmo com Lisa.

— Eu quero chupar você todinha, Unnie.

Sorri escutando aquilo enquanto os dedos ágeis e gelados de Lisa começavam a subir meu vestido até a altura da cintura, me causando um arrepio quando o vento gelado tocou minha pela exposta.

Outro beijo foi depositado em minha boca antes que ela começasse a se abaixar em meio minhas pernas.

Aquela visão era tão maravilhosa. Tão significativa e deliciosa. Tê-la em meio minhas pernas, com total controle sobre o meu corpo, não me parecia ser tão errado dessa vez. Eu posso até estar gostando. Gostando de ser dominada e de ter alguém, para me dominar.

Um sorriso sapeca desenhava seus lábios enquanto ela começava a abaixar minha calcinha, com calma e provocação. Fechei os olhos enquanto minhas pernas foram colocadas sobre seus ombros para facilitar ainda mais o contato.

Um medo estava me fazendo querer desistir. Imaginem, a grande empresária de Seul, nas capas de todas as revistas do mundo por ser pega num beco, recebendo um oral de sua meia irmã. Isso com toda certeza daria muito o que falar.

Mas agora, nesse momento, vale a pena correr o risco.

A língua quente de Lisa começou a lamber toda a minha extensão, me fazendo tampar a boca com as mãos para não gemer tão alto e nos fazer sermos descobertas. Ela sabia muito bem o que fazer. Começou a brincar com meu ponto de prazer enquanto apertava minha bunda com suas mãos grandes.

Quando cansou de ficar apenas me provocando, sua língua começou a me foder com força e precisão. Me fazendo soltar um gemido alto e ter que apertar os ombros de Lisa com força para manter o equilíbrio. Meu corpo já estava em total desespero. Eu queria mais e mais e ela estava ali, me dando tudo que eu queria, cada vez mais e cada vez melhor. Sua língua começou a fazer movimentos circulares. Eu sentia minha respiração pesada.

Aquilo era o paraíso, um maravilhoso paraíso.

Meu ventre começou a se contrair e a sensação de pré gozo começou a invadir-me. Lisa percebeu isso e intensificou as suas chupadas e começou a massagear meu clitóris com seu dedão.

Minhas pernas tremeram e eu deixei meu corpo cair sobre o capô sentindo meu primeiro orgasmo da noite atingir a boca de Lisa. Enquanto recuperava minha respiração, Lisa subiu até mim me beijando e me fazendo sentir meu próprio gosto.

Isso não acabou por aqui. Não mesmo.


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Yes, Mommy | JenlisaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora